As chuvas das últimas semanas não deram trégua. Segundo os dados do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) indicam que “as chuvas deste último fim de semana, o total acumulado nos primeiros 10 dias de janeiro, ultrapassaram 400,0 mm em algumas localidades mineiras.” Como consequência, o Estado de Minas sofreu com inundações, enchentes, quedas de pontes, deslizamento de terra, interdição de inúmeras estradas. São milhares de famílias desalojadas ou desabrigadas. Muitos acidentes decorreram disso e vidas foram ceifadas. E a culpa é de quem? Da natureza?
Não.
Uma das principais causas desses desastres naturais é o crescimento desordenado das cidades. Sem planejamento, sem projeto de moradia, sem saneamento básico, ou seja, tudo se torna condições favoráveis para os acidentes.
É perceptível que o homem quer ocupar um espaço que não lhe pertence. As nascentes estão morrendo, os rios estão perdendo seu terreno. Depois, quando vêm as chuvas, para onde correr? Falam que os rios invadiram a cidade, não seria o contrário?
Enquanto o homem não respeitar a natureza, o próprio vai amargar com as consequências.
E o que dizer sobre o terrível acidente em Capitólio, MG? Quem poderia imaginar que uma parte se despencaria se aquelas rochas estão lá há mais de um bilhão de anos? Ninguém. Mas a imprudência de turistas e a ganância de muitos aumentam a cegueira humana, tornando as pessoas cegas diante dos perigos iminentes.
Portanto é necessário que políticas públicas sejam elaboradas para garantir o crescimento ordenado das cidades, para que rios, nascentes e cachoeiras tenham seu espaço conservado. Para isso, as lideranças políticas, aliadas à sociedade civil, repensem sobre a importância do crescimento sustentável e da preservação ambiental, além de conscientização sobre os perigos de desastres ambientais. Assim, futuramente, poder-se-á usufruir um ambiente favorável e harmônico entre homem e natureza.
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