sexta-feira, 22 de março de 2019

Empatia, sentimento escasso


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É lamentável perceber como a sociedade involuiu nos últimos tempos e em diversos sentidos. Hoje, num cenário devastador de violência, em que unir forças dos mais variados setores sociais se torna urgente, veem-se, com maior nitidez nas redes sociais, grupos que disseminam e incentivam a desigualdade, a violência no estilo medieval (olho por olho, dente por dente), declaram que bullying é só uma brincadeira, e muitas manifestações de ódio e discriminação que só aumentam a indiferença e a intolerância. Diante desse cenário desanimador em que nos encontramos, é possível mudar esse contexto?
Primeiramente, é necessário ressaltar as imensuráveis transformações sociais pelas quais a humanidade vem passando. Tais mudanças afetam significativamente uma comunidade, ou seja, tudo se torna diferente: o avanço tecnológico e na medicina, os meios de produção, de mercado e de trabalho, o modelo familiar, as formas de enxergar o mundo e, sobretudo, o reconhecimento dessas modificações.
Nesse ínterim, é preciso constatar que não se vive mais do mesmo modo como viveram antigas gerações, como os pais e avós. Não dá mais para continuar repetindo a mesma frase: “na minha época não era assim”, “no meu tempo as coisas eram diferentes”, “essa é uma geração ‘mimimi’, geração ‘nutela’”. A época é o agora. Esses jargões saudosistas, carregados de estereótipos, preconceito e incompreensão da realidade, demonstram falta de conhecimento das mudanças e, consequentemente, torna o ser humano preconceituoso e insensível ao sentimento alheio, às causas humanitárias, às demandas e necessidades de outrem. Resumindo, sujeitos desse tipo demonstram o tamanho da sua ignorância e do seu preconceito.
Para ilustrar, não precisa ir muito longe, basta acessar as redes sociais e encontrar postagens como “quem era essa tal de Marielle”, “tem que acabar com os direitos humanos”, “na minha época a gente podia xingar todo mundo, chamar de Olívia Palito, bolo fofo”; “se meu filho apanhar na rua e não revidar, ele apanha de novo quando chegar em casa”.
O que está acontecendo com essa sociedade que dissemina pequenas violências sem ter noção das consequências? O mundo mudou e precisa de EMPATIA. Essa geração é diferente e deve ser levada à reflexão e à conscientização, e não discriminada. Precisam é de atenção, oportunidade, estrutura familiar e educação.
Não se conhece e nem se tem condição de conhecer todos os líderes que existem mundo afora, que assumem alguma liderança e lutam pelos direitos daqueles que não têm voz. Se não se conhece, leia, pesquise, conheça, antes de sair condenando e espalhando indiferença e é preciso sim, saber quem mandou matar a vereadora e o seu motorista. Se alguma pessoa não saiu magoado quando sofreu bullying, que maravilha! Pena que nem todo mundo é assim, nem todos reagem da mesma forma e bullying não é brincadeira, é violência sim. Nem todos conheciam Jorge Mario Bergoglio, até ele se tornar o 266º Papa da Igreja Católica e atual Chefe de Estado da Cidade Estado do Vaticano, o simpático Papa Francisco. Portanto, para mudar essa realidade, o conhecimento e a empatia são as maiores ferramentas que o ser humano pode ter para enxergar que nenhum tipo de violência vale a pena.


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