sexta-feira, 12 de maio de 2017

Dia das Mães: um duelo entre afeto e comércio

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          Das diversas datas celebrativas comemoradas durante o ano, a mais espetacular e especial é o dia das mães. Esta data serve para despertar três importantes aspectos da vida: estimular a reflexão sobre o importante papel da mãe para a solidificação da família; ampliar os laços afetivos entre mães e filhos e, sobretudo, preparar e atrair o consumidor para as vendas desta data que movimenta o comércio, só perde para o Natal. 
          Porém, como já se sabe, no Brasil, os investimentos e os incentivos no varejo deixam a desejar, além disso há uma crise instalada no país, que dificulta e diminui o poder de compra do consumidor. Este, por sua vez, está em condições desfavoráveis para gastar seu dinheiro. 
          Dados divulgados por diversas instituições afirmam que boa parte dos brasileiros estão endividados e/ou desempregados, e aqueles que estão fora dessas estatísticas sentem-se receosos em gastar, por isso preferem ser cautelosos até que o cenário econômico dê sinais de mudança. Assim o presente da mamãe pode atrasar. No entanto, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas do comércio no Dia das Mães de 2017 devem ser melhores que a do ano anterior e poderão ser o primeiro crescimento após anos de queda. 
          Conforme a estatística da CNC, 43% dos consumidores deverão escolher os presentes do Dia das Mães de acordo com o preço e não com os desejos e necessidades da mamãe. Isso significa que o valor dos itens é a questão mais preponderante na decisão do que comprar. Entretanto o que deve estar em evidência nessa data é o valor afetivo, este tem de estar acima das questões materiais e financeiras. Também o que adianta dar presentes caros num dia e nos demais dar desgosto e preocupação?
            Portanto é preciso ressaltar que o comércio é importante para a manutenção do emprego de modo que o dia das mães representa uma esperança para os trabalhadores desse segmento e presente sempre cai bem. Por outro lado esta data não se resume a presentes e, sim, à presença, ao afeto, ao respeito e, principalmente, ao carinho que a mãe merece. Esta é a mola-mestra que sustenta a família. O duelo entre afeto e comércio sempre vai existir, mas o amor àquela que dá a vida deve ser infinito e verdadeiro. 

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terça-feira, 9 de maio de 2017

Trabalho e valorização



        É perceptível a valorização diferenciada que algumas profissões têm em comparação a outras. Juízes, advogados, médicos e engenheiros são exemplos de trabalhadores com prestígio social e remuneração invejável. No entanto há outras profissões que não são valorizadas, mesmo exercendo papéis essenciais à sociedade como garis, trabalhadores domésticos e professores. Tal cenário é propício à segregação, ao preconceito e à desigualdade social entre as classes.
          Nessa perspectiva, Émille Durkheim afirmou que as relações entre os sujeitos são fundamentadas na divisão social do trabalho. Tal conceito foi construído ao longo das transformações ocorridas na Revolução Industrial e pela dominação da burguesia, entre os séculos XVIII e XIX. Karl Marx usou o trabalho para fundar a doutrina socialista, com a finalidade de erradicar as desigualdades . Entretanto isso não ocorreu de fato, já que ainda hoje há discriminação de funções no mercado de trabalho.
         Cabe ressaltar que essa diferenciação, fruto do capitalismo, é aguçada porque existem cargos que geram elevado lucro financeiro, ganhando status e prestígio social. Como consequência, outras áreas são desvalorizadas por diversos motivos. No Brasil, pode-se dizer que os professores e profissionais da enfermagem fazem parte desse grupo de trabalhadores que prestam importante serviço à sociedade, todavia não tem valorização social muito menos reconhecimento financeiro compatíveis com a profissão. Em outras nações, os professores são altamente reconhecidos.
            A divergência entre as profissões pode ser notada facilmente entre os jovens que são levados a optarem por cursos mais valorizados como medicina, por exemplo. Ainda, Segundo pesquisas, vai faltar professor, pois é mínima a parcela de jovens que desejam sê-lo. A própria sociedade contribui com essa cultura de discriminação e desvalorização.

           Diante disso, é preciso criar uma cultura de respeito, humanização e valorização de todas as profissões, uma vez que cada uma delas contribui, de alguma forma, com a construção da cidadania e com as necessidades inerentes à sobrevivência do homem. De fato, a mudança de comportamento da sociedade, frente às diferentes ocupações, é fundamental para promover o reconhecimento e a valorização de cada profissão, bem como sua função social, de modo a diminuir e desigualdade entre os trabalhadores, pois todos têm sua importância.

Trabalho infantil: erradicar é preciso




       Um dos desafios que o século XXI apresenta para o mundo é o trabalho infantil. Segundo a legislação brasileira, por meio do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente -  a educação deve ser priorizada durante a infância. Grandes avanços foram feitos para erradicar esse empecilho, no entanto o Brasil destaca-se no cenário mundial pela exploração da mão-de-obra infantil.
         Tal fato constata-se facilmente porque muitas crianças são forçadas  a trabalhar com o intuito de colaborar nas despesas de casa. Isso impossibilita a vida escolar, prejudica o desenvolvimento e reduz a fase da brincadeira. Desse modo, o trabalho infantil representa um obstáculo para as autoridades, que devem inibir essa prática para defender o melhor interesse da criança.
        Dados comprovam essa violação aos direitos dos menores e estima-se que mais de quatro milhões de crianças e adolescentes estão fora dos bancos escolares devido ao trabalho excessivo. Muitos deles acontecem em carvoarias, canaviais, pedreiras, produção de fogos de artifício e prostituição.
         Como consequência, o desenvolvimento das crianças, expostas ao trabalho forçado, é comprometido, uma vez que certos tipos de trabalho são incompatíveis com sua estatura, peso e idade; além disso, não resta tempo para os estudos. Desse modo, o futuro delas torna-se incerto, com poucas chances de alcançar uma boa remuneração para adentrar no mercado de trabalho.
          O trabalho infantil é um atraso social, gera consequências seríssimas para o desenvolvimento de todo o país. Erradicar essa problemática não  é impossível, mas é preciso chegar ao cerne da situação: está sobrando pobreza, há milhares de famílias carentes no Brasil afora. Pais sem trabalho, sem estudo, sem condições dignas não veem alternativa senão o trabalho dos pequeninos. Trata-se de um círculo vicioso, perpetuando a desigualdade socioeconômica e abre as portas para a criminalidade.
           Essa questão exige medidas urgentes e eficazes de diversos segmentos da sociedade. Para isso, os programas de assistência social devem ser ampliados e melhorados para atender às famílias mais necessitadas, oferecendo condições para o cuidado com os filhos, além de emprego para os maiores; o conselho tutelar deve atentar à vida escolar de crianças carentes, verificando com mais rigor a sua vida estudantil. Outra medida importante é a fiscalização de pontos de recrutamento de crianças para o trabalho irregular, pois é preciso que se conscientizem de que trabalho infantil é crime. Assim, em vez de trabalho, deve-se oferecer caderno, livro, lápis e esperança para um futuro digno e promissor para todas as crianças brasileiras.

Jornada Literária 2023

  “Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos.” Cora Coralina A poesia, na educação, é um forte ...