Resfriados,
gripes, dores pelo corpo entre tantos outros sintomas tornaram-se alvos fáceis
para alimentar a cultura da automedicação. Vista como solução para as mais
variadas dores e sintomas de doenças, a automedicação pode trazer seriíssimas
consequências e até mais graves do que se podem imaginar. Assim, é necessário analisar:
será que a automedicação é um risco
iminente à saúde do ser humano?
Dados
da OMS – Organização Mundial da Saúde
– apontam que, em média, mais de 50% de medicamentos são vendidos diariamente sem
qualquer restrição, sem prescrição médica ou algum tipo de orientação
profissional. A Anvisa – Agência
Nacional de Vigilância Sanitária – tem apontado que diversos remédios não
podem ser vendidos sem receita médica e, mesmo assim, constantemente, tal fato
vem acontecendo de modo corriqueiro e banal.
O
uso equivocado ou abusivo de certas drogas, em vez de curar ou de amenizar,
costuma agravar ou acelerar alguma doença e, em muitas situações, pode causar a
morte do indivíduo. O tratamento inadequado, combinado à falta de informação e
de um diagnóstico exato, silenciosamente, retarda e impossibilita a cura, além
de ampliar o sofrimento de quem busca o bem-estar por meio da automedicação.
É
preciso constatar que a cultura da automedicação tem causas culturais e
históricas no Brasil. Sempre há alguém indicando uma receitinha mágica para
acabar com um mal, porque alguém usou ou porque ouviu falar que funciona. E não
é bem assim que deve acontecer. Um exemplo que deve ser levado em consideração
é o uso contínuo de analgésicos para dores de cabeça. Inúmeros brasileiros usam
esse tipo de medicamento deliberadamente, sem saber que podem estar camuflando
uma doença grave que, se diagnosticada no início, pode ser tratada e curada.
Diante
de tantos danos que a automedicação pode causar, é preciso mais fiscalização
pelos responsáveis por isso. Além disso, cabe a cada um a conscientização de
que a consulta a um profissional da saúde é fundamental para que se encontre a
solução para as mais variadas doenças. Prevenir é melhor do que remediar e
saúde é tudo para que se tenha qualidade de vida. Portanto é certo de que a
automedicação é um risco à saúde e nem toda receita “mágica” tem o efeito
esperado.