sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Noite Literária no COOPEN-BI

        "Uma gotinha de chuva
caiu no meu jardim.
Corri até lá,
queria que pingasse em mim."
                 (SILVA, Rosana. O voo da poesia)

       Esta é uma estrofe da poesia Gotinha de chuva, que foi interpretada pelos alunos do COOPEN-BI, da cidade de Bambuí, MG, na Noite Literária, no dia 18 de novembro, evento que faz parte da semana da família na escola. 
       Os alunos do 1º e do 2º ano brilharam com as declamações de suas próprias poesias, de autores famosos e do livro O voo da poesia, de Rosana Silva. Além dos alunos, a professora Jaqueline declamou lindamente Navio Negreiro, de Castro Alves, lembrando a Consciência Negra e o funcionário da escola, que também é poeta, Sandro, declamou seus próprios poemas. Os alunos prepararam uma belíssima dança e a noite foi encantadora com as músicas interpretadas pelas alunas da escola, que contaram com o apoio de dois músicos. Os alunos do 3º ano prestigiaram seus colegas e podemos contar com a presença de vários pais.
        O principal objetivo do evento foi apresentar à comunidade escolar a produção literária dos alunos do 2º ano. Cada estudante produziu seu próprio livro de poemas, feito nas aulas de Redação, sob a orientação da Professora Rosana Silva.
         O aluno Kenneth lembrou no depoimento que "fazer o livro de poesia foi trabalhoso, mas recompensador, pois ter contato com as poesias foi muito bom"Preparar para o ENEM é muita responsabilidade para o professor de redação, mas jamais se pode deixar de lado a arte e a poesia. É preciso, por meio da poesia, aguçar a sensibilidade dos alunos, é preciso aprender a olhar os pequenos detalhes do cotidiano. E isso é possível com a poesia.
      Parabéns a todos os alunos, obrigada Jaqueline e Sandro pela participação e apoio!







Professora Jaqueline, Rosana Silva e Sandro.














O poeta Sandro, Rosana Silva e aluna e poetisa Iara Marques

Cerimonialistas Sophia Dias e Róger


     
         

Semana de Pedagogia no CESG/São Gotardo

      Sempre é importante falar sobre a ética, sobretudo para estudantes e professores do Curso de Pedagogia. "Nunca se precisou tanto de professores como hoje, principalmente professores com ética, aperfeiçoamento e com valores". Esta foi uma das minhas falas durante a palestra proferida no dia 16 de novembro, no CESG - Centro de Ensino Superior de São Gotardo, no evento SEMANA DE PEDAGOGIA, organizado pela Professora Mestre e Comendadora Marlene Rodrigues, que é coordenadora do curso de Pedagogia. 
      Foi o primeiro dia de encontro, na abertura, a Professora Marlene discursou, usando o artigo "Onde anda a ética?", em seguida todos os presentes foram agraciados com uma linda apresentação de balé e depois a minha palestra tratando da importância da ética na formação de professores e na profissão docente.
     Na ocasião, aproveitamos para apresentar o livro O voo da poesia e levar a literatura e a magia dos poemas aos alunos da faculdade. Foi muito proveitoso e gratificante atender a esse convite. É sempre uma oportunidade de crescimento, de formação e de conhecimento.




Rosana Silva e Marlene Rodrigues

Professores do CESG

Maria Elisa, sempre me acompanhando.







As tragédias se repetem



Na década de 60, Carlos Drummond de Andrade escreveu um artigo de opinião, falando sobre as enchentes no Rio de Janeiro e os estragos que as chuvas provocaram na cidade naquela época. Além disso, o autor mencionou que não há obras preventivas para evitar que centenas de pessoas percam seus bens materiais e o mais importante, a própria vida. Anos se passaram e as tragédias se repetem cotidianamente, sejam elas causadas pelo excesso de chuva ou falta dela ou pela leniência de empresas que ignoram os riscos de suas atividades.
Hoje o Brasil assiste a uma das maiores catástrofes ambientais já vistas, ocorrida na cidade mineira de Mariana. Um rio de lama avança e rio agoniza, está morrendo. São 62 milhões de metros cúbicos de lama com rejeitos. Até quando as atividades humanas vão agredir o meio ambiente? Custe o que custar, empresas querem enriquecer. Não se importam com a fauna e a flora, não se importam com a destruição que avassala o Planeta, pondo em risco a vida na terra.
É exagero? Creio que não. Desde o século XVII, a atividade de mineração ocorre no país. Ao longo do tempo, com o avanço da tecnologia, o modo das mineradoras agirem muito se modificou, estão cada vez mais equipadas para a contínua exploração dos recursos da natureza. Mas tanto avanço tecnológico e científico não permitiu que se evitasse a devastação que ocorre neste ramo.
Segundo dados do Ministério do Trabalho, o segmento de mineração ocupa a 4ª colocação do setor da economia em número de acidentes de trabalho e o 2º em taxas de mortalidade. E quantas mineradoras existem por aí, com licenças ambientais ultrapassadas e concedidas sem muito critério. Só em Minas Gerais, há 26 pedidos de licenciamento para construção de barragem de rejeito e há pouca fiscalização.
O que aconteceu em Mariana, infelizmente, é um grito de alerta para que atitudes sejam tomadas. O que aconteceu lá está sendo discutido, analisado, está na mídia, mas corre-se o risco de ser esquecido rapidamente e tudo continuará do mesmo jeito para as mineradoras, para os órgãos públicos, menos para as pessoas que viram tudo de perto, menos para o Rio Doce, que agora amarga suas perdas irreparáveis. As multas vão ser aplicadas, mas nada será como antes.
O Brasil precisa mudar sua cultura de sempre tratar a doença, não tem a cultura da prevenção, da profilaxia. Sempre agimos depois que o mal acontece. Precisamos mudar nossos valores, nosso modo de agir. As empresas, todas elas, não só as mineradoras, precisam investir em segurança, precisam explorar menos e cuidar mais do seu trabalhador, do meio ambiente e de todo o seu entorno. Caso contrário, as tragédias sempre vão se repetir e estarão estampando as colunas dos jornais como mais uma fatalidade. Lamentável.

Fonte da imagem: http://www.hojeemdia.com.br/polopoly
Fonte da imagem:http://mundovastomundo.com.br/wp-content/2015/11/Bento







Jornada Literária 2023

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