sexta-feira, 15 de abril de 2016

Vontade política ou interesse particular?





Quanto tempo uma lei ou um projeto de lei levam para ser aprovados no parlamento? Todos sabemos que existem inúmeros projetos em tramitação no congresso há anos, muitos deles importantes para o povo em diversas instâncias como saúde, inclusão social, infraestrutura e Plano Nacional da Educação. Sobre o andamento da aprovação ou não dessas leis depende daquilo que estamos cansados de ouvir falar que é a “vontade política”. Não seria melhor dizer “interesse particular”?
Nas últimas semanas, o brasileiro está vivenciando o processo de Impeachment da Presidenta Dilma Rousseff e o seu desdobramento. Mas o que nunca foi visto antes é a tamanha celeridade com que foi implantada a comissão e a votação pela Câmara dos deputados federais, além do troca-troca de alianças partidárias. Ademais, como um vice-presidente, há anos no poder com a presidência, resolve em apenas três minutos abandonar o barco bem na hora em que seus companheiros estão precisando de sua ajuda, de sua colaboração?
Diante desses exemplos de como as ações correm com explosiva rapidez, fica a pergunta: por que outros projetos, não menos importantes para o país, ficam engavetados pelos nossos políticos? Por que assuntos pertinentes e imprescindíveis para o desenvolvimento do Brasil não acontecem com o mesmo fluxo de agilidade?
Não estou me posicionando nem contra nem a favor do Impeachment da presidenta, nem tampouco contra a célere aprovação ou reprovação desse ato. O que nos leva à reflexão é essa questão de vontade política ou de interesse particular que movem as decisões em nosso contexto. Se os deputados se dispõem a trabalharem madrugada afora e até domingos para determinados assuntos, por que não aproveitam que estão tão empenhados e trabalhem na aprovação de projetos que realmente beneficiem o cidadão de bem e trabalhador?
Com a correria em que os parlamentares estão no atual momento histórico, foi claramente possível perceber que quando se quer que alguma ação seja concluída, esta, de fato, pode ocorrer. Diante disso, o brasileiro deve aproveitar essa situação e manifestar-se a favor da desburocratização política e exigir dos nossos parlamentares a agilidade, também, em tudo o que se refere à aprovação dos ditames que melhorem a vida e a dignidade do seu povo e não dos interesses pessoais desse ou daquele. Os políticos foram escolhidos e eleitos pela população democraticamente, por isso devem exercer o seu papel como deve ser e não como querem que seja.
Fonte da imagem: http://markmanson.net/wp-content/uploads/2016/02/brazil-cover.jpg
 

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