Pesquisas realizadas na Universidade de
Harvard, nos Estados Unidos, sobre o comportamento humano, revelaram que quando
se age voluntariamente para ajudar o outro, sendo generoso, a tendência é ser
gentil, cooperativo e altruísta. Não é necessário realizar pesquisas exaustivas
para constatar que ser bom faz bem para quem o pratica e para quem recebe um
ato de generosidade, por meio de palavras, doações ou ações simples.
Outra pesquisa, feita no Brasil, aponta que apenas
18% dos brasileiros são solidários. O número é considerado baixo, mas tem
subido ao longo dos anos. Além disso, os estudos mostram que é preciso
instigar, desde cedo, nas crianças, a importância de ser generoso e de ser
solidário.
Desse modo, pode-se afirmar que tal
sentimento pode ser concretizado com o trabalho voluntário, que vai desde uma
visita ao trabalho árduo de missionário. Quanto mais cedo e quanto mais
exemplos de solidariedade as crianças tiverem, mais se pode esperar por uma
geração de adolescentes, jovens e adultos generosos, cordiais e altruístas.
A família é o primeiro modelo em que a criança
deve se inspirar. Os pequenos, quando veem seus pais, ou melhor, os maiores
praticando ações fraternas e de doação, a propensão é, sem dúvida, de que a
criançada siga o mesmo caminho, tornando-se gentil, amável e humanitária.
É importante ressaltar que a escola, depois
da família, é, por excelência, o espaço ideal para ensinar aos alunos,
independentemente do nível de ensino, como é imprescindível ter o espírito colaborativo
e filantropo. Como as instituições de ensino podem fazer isso? O trabalho em
equipe, interdisciplinar (que envolve várias disciplinas do currículo escolar)
contribui bastante com a formação humana dos seus alunos. Arrecadação de alimentos,
de brinquedos e de roupas, por exemplo, pode ser feita pelos estudantes e,
posteriormente, levada a instituições que necessitam de ajuda como creches,
asilos e abrigos.
Todos sabem que a educação vem de berço e que
a obrigação da escola é de ensinar conteúdos, no entanto todos também sabem que
só conhecimento sem humanidade não basta. Sendo assim, a escola deve, sim,
ensinar conceitos e atitudes que visam à solidariedade; é na escola, sim, que
se aprende junto que ser generoso, saber compartilhar sentimentos e bens
materiais fazem bem para todos e devem ser levados para a vida toda. Preparar
os alunos para os vestibulares é uma obrigação, mas antes de tudo, deve haver
uma preparação para a vida e esta está acima de qualquer vestibular.