Considerado um dos maiores avanços da
humanidade, a tecnologia e suas inovações, cada vez mais inesperadas, são
vistas como a terceira revolução industrial. Seu início se deu por volta da
década de 1970, estendendo-se até os dias atuais com perspectivas de avançar
com celeridade. Tal feito dominou a sociedade por completo e hoje somos
incapazes de viver sem os equipamentos essenciais para o mundo contemporâneo,
um exemplo dessa dependência é o celular.
Essa pequena máquina é indispensável praticamente
em todas as tarefas do cotidiano, desde acordar, trabalhar, se divertir e
socializar. O gradual aumento do poder do celular foi, em grande parte,
decorrente da privatização das redes telefônicas que facilitaram a
comercialização do aparelho e, consequentemente, a sua popularização. Nos
meados da década de 1990 até hoje as vendas desse objeto cresceram
exponencialmente e a evolução do aparelho celular acompanhou os números de
usuários e a crescente inovação de aplicativos.
Ademais a dependência do homem e o seu
relacionamento com o aparelho é ambivalente, isto é, tem impactos tanto
positivos quanto negativos. Estes se tornaram gritantes ao longo de sua
existência. A perda de privacidade nas redes sociais pode ser um exemplo desse
lado negativo, quando fotos inapropriadas, conhecidas como "nudes",
vazam na internet e, em poucos segundos, centenas e milhares de pessoas recebem
a publicação e, simultaneamente, propagam em grupos sociais o que não devia ter
sido compartilhado.
Além disso, o vício pelo celular traz outros
empecilhos como o distanciamento socioafetivo nos relacionamentos,
principalmente o familiar e entre os mais jovens e o uso inapropriado dentro de
salas de aula. Outro fator desencadeador de conflitos e de acidentes, muitos
fatais, é o uso do celular ao volante. Dados do DETRAN - Departamento de
Trânsito - apontam um aumento significativo do índice de acidentes
correlacionados com o uso indevido do aparelho.
A solução mais viável pode partir de
campanhas de conscientização, promovidas por entidades organizadas, escolas e
também pelos órgãos públicos destinadas à sociedade, a fim de alertar sobre os
perigos do celular e direção e a inconveniência do seu uso em determinados
lugares como cinemas, concertos e teatros. É preciso de uma mudança de
comportamento para que se alcance o autocontrole e o bom senso para que o
celular seja um aliado e não um vilão. Por mais que as tecnologias se
apresentem como instrumento essencial no dia a dia, estas não devem ser
endeusadas e colocadas à frente de outras necessidades tão básicas e
fundamentais ao ser humano como o olho no olho, um aperto de mão e um abraço
afetuoso e verdadeiro.
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