sexta-feira, 13 de maio de 2016

Escolher: o certo ou o prazeroso?


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          Emmanuel Kant, em uma de suas frases famosas, afirmou que o homem pode fazer tudo, no entanto nem tudo deve ou precisa ser feito. Assim, na vida, temos uma infinidade de coisas que queremos fazer e muitos desejos para realizar. Mas atender a nossa vontade nem sempre é uma boa opção.
          Um kantiano é aquele que decide realizar o que deve ser feito e não o que se quer fazer de fato. Há inúmeras situações que servem para exemplificar tal máxima. Um jovem universitário trabalhou o dia inteiro e, à noite, muito cansado, pretende faltar à aula, além disso, terá uma festa imperdível. Mas ele pensa no futuro e lembra que a aula será importante e, no final, resolve ir à faculdade, mesmo com tantas tentações cotidianas. Este é um verdadeiro kantiano.
         Por outro lado, vivemos em uma época em que escolher o caminho certo parece ser démodé, ou seja, está fora de moda. A onda, agora, é fazer o que se tem vontade sem compromisso consigo, com o outro e com o futuro. Atender aos interesses pessoais e falar o que quer sem pensar nas consequências têm sido motivo de aplausos. 
         O filósofo Nietzsche afirmou que o prazer imediato não nos leva às realizações duradouras e que o sofrimento pode nos tornar mais fortes e capazes de enfrentar situações difíceis para, no futuro, alcançar o prazer que pode ser o sucesso no trabalho ou a sonhada formatura. Participar de uma aula pode ser um sofrimento na hora, mas trará conhecimento que valerá para a vida toda. Desse modo, as escolhas de agora podem determinar o sucesso ou o fracasso. Quanto àquele que decidiu estudar, trabalhar, lutar e vencer merece colher os frutos, já que tomar o caminho do esforço nunca sai de moda. 

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