quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Chega de assédio

 


    Um vídeo, registro das câmeras de segurança da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) durante uma sessão, que circulou nos últimos dias, apresentou o deputado Fernando Cury passando a mão numa deputada, colega de trabalho. O fato chocou, causando muita indignação. Desse modo, como a mulher deve encarar tal situação e enfrentar casos de assédio como este? 

       Inicialmente, vale saber que assédio é todo comportamento indesejado, praticado quando do acesso ao emprego ou no trabalho, ou em outro local, com o objetivo ou o efeito de perturbar ou constranger a pessoa. O assédio afeta a dignidade da vítima, também cria um ambiente intimidativo, hostil, humilhante ou desestabilizador. Assim o assédio é violência psicológica, causando constrangimento, humilhação ou tortura psicológica.  

          Além disso, é importante esclarecer que o assédio verbal, psicológico, sexual e moral acontece todos os dias , em vários contextos, principalmente no trabalho com as mulheres. É um  absurdo que elas tenham de passar por situações tão humilhantes e desagradáveis como essas diariamente. 

         Além de enfrentar esse tipo de violência, na maioria dos casos, a mulher ainda é acusada de provocar o assédio, ou seja, torna-se culpada por sofrer a agressão. A deputada Isa Penna é ativista, feminista e militante contra a violência à mulher, e afirmou ter se sentido violada e mesmo assim passou por essa situação. O agressor, como sempre, disse que não teve a intenção de assediar ou importunar. 

         Portanto medidas devem ser tomadas para evitar casos de assédio contra a mulher. Cabe à vítima denunciar, fazer Boletim de Ocorrência, como fez a deputada. Assiste às autoridades punir severamente os agressores, adotando as penalidades previstas, a fim de coibir novos assédios. Enquanto as leis forem lenientes com homens safados e psicopatas, eles continuarão assediando colegas de trabalho, humilhando não somente as vítimas, mas seus próprios familiares. 

Em busca de um sonho: ACADEMIA DE LETRAS DE ARCOS



    Quem me conhece, sabe como sou apaixonada por literatura, arte, teatro e música. Além de gostar de escrever e de ler, amo compartilhar isso com amigos, alunos, amigos virtuais e, é claro, com meus filhos e marido. Tenho prazer em ensinar essas habilidades.

         Considero tudo isso muito importante e ter gosto pelas letras e acesso a elas é essencial. Ressalto que promover o gosto pela leitura e pela escrita é imprescindível e devemos favorecer o enriquecimento literário e cultural de Arcos e da região.

      Por gostar tanto e por contribuir com ações que promovem a escrita e a leitura, tornei-me acadêmica da ACADELP, Academia Lagopratense de Letras. Não só por ser acadêmica, muito antes, sempre senti falta de uma instituição dessa em Arcos. 

         Diante dessa ausência, há mais ou menos três anos, procurei por documentos e pessoas da antiga Academia Arcoense de Letras. Com muita busca, descobrimos que a antiga academia foi desativada oficialmente, foi extinta. Há anos que a academia se encontrava totalmente inativa. Fato lamentável. 

        Consequentemente, não houve outro jeito: precisou-se fundar uma nova academia, autônoma e forte. Assim, depois de buscas e pesquisas, muita conversa com quem entende do assunto e com quem participou da antiga, demos início a um árduo, demorado e maravilhoso trabalho de fundação de uma nova instituição tão necessária como essa. 

        Assim nasceu a ACADEMIA DE LETRAS DE ARCOS, que está sendo construída por pessoas que se dispuseram a contribuir com esse sonho de termos novamente uma academia de letras. Tais pessoas são profissionais de diversas áreas, são cidadãos engajados, responsáveis e comprometidos com o bem comum, com a literatura e com a arte. Todos, sem exceção, estão à altura de fazerem parte da ACADEMIA DE LETRAS DE ARCOS.

         Cabe ressaltar que os acadêmicos da extinta academia serão carinhosa e respeitosamente lembrados: os acadêmicos falecidos serão patronos das cadeiras da atual academia, como o Professor Humberto Soraggi, Dona Nazaré, Lena Moreira; e aqueles que estão entre nós, estão convidados a fazerem parte desta. Dentre eles, já estão atuando Ismeraldino Beirigo e Dona Lázara Teixeira de Sousa. 

       Sabemos que os cidadãos envolvidos com a literatura, a arte e a cultura de Arcos estão abraçando essa ideia, estão apoiando esse empreendimento, estão felizes com a iniciativa e com o som maravilhoso da atual academia, que se acorda para a vida literária e cultural do nosso município. 

        Estou feliz e esperançosa, porque tive coragem, força e ânimo ao dar o pontapé inicial nesse empreendimento e ao instigar meus amigos a caminharem comigo rumo a uma nova história da nossa cidade e da região através da ACADEMIA DE LETRAS DE ARCOS.

       

Poema de Natal!

 Papai Noel


Fiquei esperando 

Papai Noel chegar

na noite de Natal.

Coloquei meu bilhete à vista 

para ele poder ler 

e ver o que eu pedia

naquela noite especial.


Pendurei minha meia,

deixei tudo arrumadinho,

pois sabia que o bom velhinho chegaria à noite da ceia.


Mas não consegui esperá-lo,

o sono foi mais forte.

Quando acordei 

ele já tinha passado 

e deixou um presente ao meu lado.


Agora só me resta esperar 

o ano todo passar 

e fazer tudo novamente,

para o Papai Noel aparecer 

bem na minha frente.

Um Natal diferente

 



         O Natal chegou, data tão esperada e amada. Pensamos em  festas, presentes, comidas, bebidas e amigo oculto. Natal não é só isso. Para os cristãos católicos, é o Nascimento do Menino Jesus, é dia de celebrar a sua vinda. 

           Além disso, o Natal nos propicia a chance de mudar nosso comportamento, de refazer o que não deu certo, de reatar os laços, de perdoar e também de ABRAÇAR. No entanto, em 2020 quase tudo está diferente devido à pandemia, e  o Natal  também será: sem aquela aglomeração gostosa, sem abraços afetuosos, sem a tradicional reunião de família diante da ceia e das orações natalinas. É hora de cada um ficar em suas casas. 

          Esse Natal será diferente e servirá de análise sobre os acontecimentos desse ano, sobre o valor que damos a nossa existência e às pessoas que amamos. 

        O natal deste ano é propício para rever as mudanças para a nossa evolução, a fim de alcançarmos a fraternidade, o amor e a paz. As celebrações deste ano precisam ser diferentes, precisamos ficar mais silenciosos e humildes, afinal, foi um ano de muitas vidas perdidas, muita luta para sobreviver e se manter saudável física e mentalmente. 

         Esse Natal será diferente, mas o Menino Jesus está igual e vai nascer em todos os lares. Deixemos as festas abundantes para depois e, certamente, teremos muitos motivos para celebrar a vida. O momento, agora, é de reflexão, de solidariedade, de fé, de altruísmo, alegria e júbilo, pois é o nascimento de Cristo, e a batalha pela vida continua.

domingo, 13 de dezembro de 2020

300 anos de Minas Gersis I

 300 Anos de Minas Gerais 



       Em razão da comemoração dos 300 anos do Estado de Minas Gerais, a Secretaria de Educação do estado propôs várias atividades remotas, entre elas a produção de uma carta, voltada para os estudantes. 

        Cada escola pública estadual escolheu uma carta para representá-la. Desse modo, a Escola Estadual Yolanda Jovino Vaz  premiou seus alunos destaques e a aluna do 7º ano, Pâmela, está superfeliz com seu prêmio: livros!


Leiam o depoimento da nossa aluna Pâmela  Vitória, do 7º ano 1, que teve sua carta dos 300 anos de Minas Gerais, escolhida para representar a Escola Estadual Yolanda Jovino Vaz, orientada pela professora Rosana Silva. 


“Eu gostei bastante de escrever a carta em comemoração dos 300 anos de Minas Gerais. Com as pesquisas que fiz e com a ajuda dos meus professores até aprendi mais sobre o meu estado. A escola me incentiva  a ler, mas eu também gosto, sempre gostei, pois me diverte e me ajuda a adquirir mais conhecimento. Independentemente de ser uma competição ou não, o que vale é participar e aprender”.


*** Parabéns Pâmela! Parabéns diretor Hélio e vice-diretora Cíntia pela iniciativa e estímulo à participação dos alunos!

Uma nova luz na Cultura Arcoense

 


Texto escrito por Ronaldo Ribeiro, membro fundador da Academia de Letras de Arcos

Arcos, 09 de Dezembro de 2020


Todo início é complicado, laborioso e quase que sufocante, porém é preciso começar.

Começar algo que já ‘‘havia’’ é ainda mais complicado, porém quando falta parte do passado, o presente não se completa e o futuro não acontece... E as coisas se perdem...

É preciso (re)começar!

Começar de onde não havia de ter jamais parado.

Sabemos que os tempos mudam e também costumes!

A gente mesmo muda e pobre de quem foge da mudança.

A mudança nos faz crescer, nos faz viver, nos faz dignos de nossas lutas e nossas vitórias.

Que (res)surja a nova Academia Arcoense de Letras, não importando o nome, porém que venha com novas ideias e novos ideais.

Que venha cheia de força para manter viva nossa cultura linguística e valorizar nossa gente que escreve, que compõe, que ensina, que educa, que vive, que chora, que sorri...

Uma cultura quando ganha identidade é maior a esperança, de que ela não morra, ou mesmo não seja esquecida diante de tantos devaneios do dia a dia... 

Que essa proposta cultural seja de todos e não de um.

Que a união seja o ponto chave de um sonho em comum, que é o de valorizar e resgatar parte de nossa cultura.

Falando em cultura, nossa cidade sofre...

Para citar parte desse sofrimento, temos uma Casa de Cultura ‘recheada de tudo’, menos de pessoas.

É preciso trazer o jovem para a linha de frente da batalha em busca do conhecimento e da reflexão.

Que essa Academia trabalhe em conjunto e que some forças para sair do papel e ganhar a história de Arcos.

Parabéns a quem provocou a ‘mudança’ e plantou a semente, a qual esperamos e temos fé, que germinará e dará bons frutos.

Ao que depender das boas pessoas que ali estão, será um projeto belo e vitorioso; E que bom fazermos parte de algo belo, não por vaidade e sim por estarmos gravando positivamente o nome na história dessa cidade querida e tão judiada culturalmente, não pelas pessoas e sim pelas vaidades, principalmente políticas.

Que cada um contribua com o crescimento do outro, apresentando novas ideias, experiências e que haja essa troca de visões de mundo, para que assim possamos melhorar-nos como seres humanos.

Somos falhos e suscetíveis a erros, mas quando temos ao lado pessoas mais vividas e intelectualmente esclarecidas, nosso aprendizado se torna mais prazeroso e fica eternizado, praticamente imortalizado dentro de nós.

Finalizo essas palavras, com um trecho do discurso de Machado de Assis em 20 de julho de 1897, quando da fundação da Academia Brasileira de Letras:

“Passai aos vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para que eles o transmitam aos seus, e a vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira.”

Nasce a Academia de Letras de Arcos

 


        Há algum tempo, um grupo de professores, artistas e intelectuais, por convite da Professora e escritora Rosana Silva, com o incentivo dos acadêmicos da Acadelp (Academia de Letras de Lagoa da Prata), vêm conversando e discutindo sobre a criação da nova Academia de Letras de Arcos.     

         Esse sonho de projeto, agora, tornou-se uma realidade e Arcos passa a contar com uma instituição que mudará a sua história. A principal missão da Academia de Letras é incentivar a literatura, a música, a arte e a cultura no município e região. 

           A cada semana, o Jornal da Cidade, um grande apoiador desse projeto, publicará informações e novidades sobre a Academia e sobre seus membros fundadores. Espera-se que essa nova instituição arcoense, tão necessária e de utilidade pública, possa ser abraçada por todos, principalmente pela nova Administração Municipal, pelas entidades de classe, instituições bancárias, educacionais e empresariais, oferecendo apoio à Academia de Letras de Arcos. 

Como será amanhã?

          “Como será amanhã?/Responda quem puder, O que irá me acontecer?”, esse trecho da canção de Simone, cantora que fez muito sucesso nas décadas de 70 e 80, nos remete a pensar como será a vida pós-pandemia, especialmente no que se diz respeito à educação. 

          Inicialmente, tudo foi modificado com o isolamento social, provocado pelo coronavírus. A escola, por exemplo, foi radicalmente transformada e segue seus trabalhos com os estudos remotos. A escola não parou, só mudou sua forma de ensinar. Mas como será o amanhã das escolas, das universidades? Voltará a ser presencial 100% ou será com estudo remoto ou híbrido (presencial e remoto)? Como disse Simone: “responda quem puder”.

       É muito importante afirmar que os professores têm se desdobrado nesse tempo e, sobretudo, se reinventado de forma admirável para dar conta de uma realidade inimaginável. Os alunos também, no entanto, para essa geração, lidar com as ferramentas tecnológicas e com a internet não foi difícil, uma vez que isso não é “um bicho de sete cabeças” para eles, ao contrário. 

          Mas as dúvidas que se instalam se referem a um novo modelo de educação que está por vir: como será? Novas aprendizagens, novas situações sociocomunicativas, novas habilidades e competências surgiram e vão surgir exigindo de toda a escola- direção , professores, coordenadores- uma mudança radical no modo de enxergar a escola e de vivenciá-la. 

    Portanto como será a educação de amanhã, ainda não sabemos. Por enquanto podemos continuar usando os ensinamentos de Paulo Freire que diz que nós aprendemos aprendendo. E escola, assim como a humanidade, precisa se reinventar e aprender o que for necessário para sua sobrevivência.

sábado, 5 de dezembro de 2020

Vacina à vista

 


      Um dos desafios que o século XXI apresenta para o mundo é a busca da vacina contra a Covid 19. Grandes investimentos estão sendo  feitos na área de pesquisa, e o Brasil destaca-se no cenário mundial por meio do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Life Science, na criação da Coronavac.  Além dessa, há outras vacinas  que estão sendo testadas. O mundo todo espera ansioso por isso, a fim de alcançar resultados positivos e conter a Covid-19.

         É relevante afirmar que o Planeta adoeceu. A pandemia, provocada pelo vírus Coronavírus, obrigou a população mundial a enfrentar o isolamento social e o luto planetário. Hoje, segundo os dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), no mundo todo, há mais de 65 milhões de infectados; mais de 1,5 milhão de mortos; e mais de 42 milhões de recuperados. 

        Diante desse número exorbitante, a busca pela vacina contra esse vírus mortal é acelerada, e os resultados positivos já se apresentam em tempo recorde. Nunca uma vacina se projetou com tamanha celeridade, graças ao avanço técnico-científico e investimentos na área, embora o preço dessa descoberta seja milionário. 

       No entanto, a politização da vacina, que vem ocorrendo no Brasil, infelizmente, é um entrave e prejudica substancialmente o seu andamento. Consequentemente a população brasileira fica ansiosa e apavorada. 

         Portanto acredita-se que esses impasses sejam resolvidos e que a vacina seja democrática, de modo que todo o cidadão possa ter acesso a ela. Com essa vacina à vista, seja a do Brasil, da China, da Rússia, podemos ter esperança de que essa pandemia esteja perto do fim. 

Jornada Literária 2023

  “Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos.” Cora Coralina A poesia, na educação, é um forte ...