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Todos sabem que o Brasil é conhecido como um
país da desigualdade, que se estende a diversas esferas, sejam elas econômica,
social, cultural, religiosa ou política. O país está atrás de outras nações
como a Noruega, em que não há desigualdade e nem violência. Tamanha segregação
faz com que grupos sociais tentam assegurar seus direitos, especialmente os de
igualdade, princípio garantido na Constituição Federal brasileira. No entanto
não há reconhecimento da população que, muitas vezes, acredita que as
reivindicações são exageradas e sem fundamento. Assim, pode-se perceber que o
povo não consegue enxergar a real situação do outro, principalmente suas diferenças.
É importante salientar que a luta pela
igualdade é tão antiga quanto a própria humanidade como a perseguição aos
hebreus a.C. e a perseguição aos judeus d.C.. Hoje, grupos historicamente
oprimidos, como homossexuais e negros, têm dificuldade em exercer seus
direitos, pois existe a barreira do individualismo, que é marca desse milênio.
Quando há denúncias contra o racismo e a homofobia, por exemplo, essas são vistas
como exagero, o que contribui direta e indiretamente com a submissão e a
desigualdade entre as diferentes classes na sociedade.
É comum, por exemplo, ainda hoje, nas
telenovelas, uma família branca e rica ter como empregados domésticos e motoristas
apenas negras e negros. Embora isso possa parecer normal, o fato contribui com
a perpetuação da classe dominante, resquícios da escravidão do Brasil. Na
última edição do Oscar, premiação máxima do cinema, o ator Will Smith fez um
desabafo, reclamando de que o prêmio é só para os brancos e que a desigualdade
está longe de acabar.
Assim, é preciso ter a percepção do outro, que
é o conceito de alteridade, e isso só se consegue com o desenvolvimento de uma
consciência social baseada em preceitos de igualdade e respeito á dignidade
humana. Para isso, é preciso compreender que todos os seres são interdependentes.
Além disso, deve-se garantir a dignidade do homem, inerente a todos os seres
humanos, para que se possa viver em harmonia com o outro.
Há uma necessidade de estimular nas crianças
e jovens esse sentimento de alteridade, de se colocar no lugar do outro, de sentir,
mesmo que forma hipotética, o sentimento do próximo. Isso pode ser
compartilhado no berço familiar e na escola, sem contar que hoje as redes
sociais são fundamentais para espalharem a ideia da importância ao respeito, à
dignidade e à harmonia, tão necessários para a paz em nosso cotidiano e em
todas as nações.
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