É ano eleitoral e com
ele o que mais aparece é notícia falsa, que é usada quando se pretende denegrir
a imagem de algum candidato ou partido político. Os boatos falsos, conhecidos
como “fake news”, circulam livremente nas redes sociais que se tornam um terreno
fecundo para isso. Assim, a especulação se espalha rapidamente com a ajuda da
internet. No entanto, é necessário lidar com essa infeliz realidade, a fim de
evitar seus impactos negativos no resultado eleitoral.
De início, cabe destacar que as
notícias falsas sempre existiram e vão continuar existindo. A mentira, a
calúnia, a difamação e a criatividade destrutiva fazem parte do universo
eleitoral, infelizmente. A fome de poder instiga as pessoas a criarem boatos
com a intenção de rebaixar o outro e confundir o eleitor, e isso é péssimo para
o país.
Porém, quando não se prova que um fato
tenha ocorrido, não é tão difícil descobrir a veracidade das informações. Então
se não há provas, significa que pode ser uma falsa notícia. Existem casos de
pessoas acusadas injustamente pelas “fakes “, que tiveram suas vidas
transformadas drasticamente. No caso da eleição, um candidato honesto pode
sofrer consequências irreversíveis.
É relevante perceber, também,
que os boatos trazem seríssimos impactos até a constatação da farsa.
Normalmente demoram a descobrir a falsidade e quando isso acontece, ela já teve
uma dimensão imensurável. Em questão de minutos, milhares de compartilhamentos,
emissão de opiniões equivocadas e pré- julgamentos já foram feitos. O resultado
dessas atitudes não se remedeia, no caso das eleições, o país todo perde, já
que não se sabe em quem confiar.
Ainda bem que criaram
ferramentas eficazes para desmascarar os boatos. O Google criou um selo de
checagem de fatos que se chama Google Notícias e ajuda a identificar
reportagens verdadeiras e para este ano eleitoral, um projeto do Grupo
Bandeirantes reúne jornalistas de 24 diferentes empresas de mídia brasileiras
para combater esse empecilho e já passou a peneira em um candidato a
presidente, em um debate nacional, em que acusava seus concorrentes de criação
de organizações criminosas e ceitas.
Cabe ao eleitor tomar cuidado
para não cair nos boatos da internet para fazer a escolha certa. É preciso
checar as fontes, verificar se é uma página oficial, também tem o Portal da
transparência, onde é possível verificar dados; além disso, existe a Lei da
Ficha Limpa, a qual permite investigar a vida política do candidato. Precisa-se
de bom senso, ler o texto na íntegra e denunciar os abusos. Na dúvida, não se
deve compartilhar notícias que podem, num instante, destruir a imagem e até a
vida de um candidato. Só assim, consegue-se romper o círculo antiético das
falsas notícias.