sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Boatos à vista

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 É ano eleitoral e com ele o que mais aparece é notícia falsa, que é usada quando se pretende denegrir a imagem de algum candidato ou partido político. Os boatos falsos, conhecidos como “fake news”, circulam livremente nas redes sociais que se tornam um terreno fecundo para isso. Assim, a especulação se espalha rapidamente com a ajuda da internet. No entanto, é necessário lidar com essa infeliz realidade, a fim de evitar seus impactos negativos no resultado eleitoral.
          De início, cabe destacar que as notícias falsas sempre existiram e vão continuar existindo. A mentira, a calúnia, a difamação e a criatividade destrutiva fazem parte do universo eleitoral, infelizmente. A fome de poder instiga as pessoas a criarem boatos com a intenção de rebaixar o outro e confundir o eleitor, e isso é péssimo para o país.
       Porém, quando não se prova que um fato tenha ocorrido, não é tão difícil descobrir a veracidade das informações. Então se não há provas, significa que pode ser uma falsa notícia. Existem casos de pessoas acusadas injustamente pelas “fakes “, que tiveram suas vidas transformadas drasticamente. No caso da eleição, um candidato honesto pode sofrer consequências irreversíveis.
          É relevante perceber, também, que os boatos trazem seríssimos impactos até a constatação da farsa. Normalmente demoram a descobrir a falsidade e quando isso acontece, ela já teve uma dimensão imensurável. Em questão de minutos, milhares de compartilhamentos, emissão de opiniões equivocadas e pré- julgamentos já foram feitos. O resultado dessas atitudes não se remedeia, no caso das eleições, o país todo perde, já que não se sabe em quem confiar.
          Ainda bem que criaram ferramentas eficazes para desmascarar os boatos. O Google criou um selo de checagem de fatos que se chama Google Notícias e ajuda a identificar reportagens verdadeiras e para este ano eleitoral, um projeto do Grupo Bandeirantes reúne jornalistas de 24 diferentes empresas de mídia brasileiras para combater esse empecilho e já passou a peneira em um candidato a presidente, em um debate nacional, em que acusava seus concorrentes de criação de organizações criminosas e ceitas.

         Cabe ao eleitor tomar cuidado para não cair nos boatos da internet para fazer a escolha certa. É preciso checar as fontes, verificar se é uma página oficial, também tem o Portal da transparência, onde é possível verificar dados; além disso, existe a Lei da Ficha Limpa, a qual permite investigar a vida política do candidato. Precisa-se de bom senso, ler o texto na íntegra e denunciar os abusos. Na dúvida, não se deve compartilhar notícias que podem, num instante, destruir a imagem e até a vida de um candidato. Só assim, consegue-se romper o círculo antiético das falsas notícias.
         

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