Nosso modelo de sociedade
foi formado, a partir da Revolução Industrial, no século XVIII, com contornos
individualistas, característica predominantemente capitalista. O que se percebe
é um egoísmo exacerbado pela maioria, por meio de países ricos que não se
preocupam com os mais pobres e necessitados. Estes, se quisessem, poderiam
combater a fome e a miséria, mas relutam e preferem guardar e amontoar em silos
suas riquezas.
Além da diferença entre
países pobres e ricos, há outro exemplo da falta de altruísmo (sentimento de
quem ajuda o próximo sem esperar nada em troca) que pode ser constatado em uma mesma
comunidade, em que boa parte da população passa necessidade. No entanto, em
tempos de crise como agora, os que mais têm, preferem acumular, por medo de
perder, a contribuir com os desfavorecidos.
Esse jeito de pensar e
agir tem origem com a evolução do modo de pensar da burguesia, após o advento
da sociedade moderna, quando surgiram novos conceitos de se relacionar com o
próximo, dando espaço para uma postura gradativamente mais superficial,
individualista e egocêntrica, em detrimento da fraternidade, da comunhão, do
altruísmo e do pensamento em longo prazo.
Outra preocupação é que nem
o Planeta escapa do pensamento destrutivo e explorador do homem. O aquecimento
global, o desmatamento, a poluição do ar, dos rios e dos mares e a extinção de
diversas espécies da fauna e da flora são heranças deixadas pelo homem. Este poderia
usufruir tudo isso de modo civilizado e sustentável, garantindo o seu sustento
e o das novas gerações.
Então, por onde andam os
altruístas? Por que não fazem nada para modificar a atual situação em que nos
encontramos? Indivíduos preocupados com o outro e com o meio ambiente existem e
estão no meio da sociedade, talvez com pouca força e voz. Mas é necessário que
cada ser humano repense suas ações, ajude quem necessita, de modo voluntário,
para que a transformação necessária e urgente ocorra. Devemos pensar
coletivamente e agir para a comunidade (comum, igualitária) e não passa si
mesmo. Para isso, as redes sociais são excelentes recursos para conclamar a
sociedade.
Cabe, também, aos
governantes, darem exemplos ao povo de que é possível mudar a realidade,
governando para o povo, na efetivação do bem comum. Só assim, podemos enxergar
bons augúrios para as futuras gerações.