sexta-feira, 29 de julho de 2016

Altruísmo e pensamento em longo prazo: por onde andam?



Nosso modelo de sociedade foi formado, a partir da Revolução Industrial, no século XVIII, com contornos individualistas, característica predominantemente capitalista. O que se percebe é um egoísmo exacerbado pela maioria, por meio de países ricos que não se preocupam com os mais pobres e necessitados. Estes, se quisessem, poderiam combater a fome e a miséria, mas relutam e preferem guardar e amontoar em silos suas riquezas.
Além da diferença entre países pobres e ricos, há outro exemplo da falta de altruísmo (sentimento de quem ajuda o próximo sem esperar nada em troca) que pode ser constatado em uma mesma comunidade, em que boa parte da população passa necessidade. No entanto, em tempos de crise como agora, os que mais têm, preferem acumular, por medo de perder, a contribuir com os desfavorecidos.
Esse jeito de pensar e agir tem origem com a evolução do modo de pensar da burguesia, após o advento da sociedade moderna, quando surgiram novos conceitos de se relacionar com o próximo, dando espaço para uma postura gradativamente mais superficial, individualista e egocêntrica, em detrimento da fraternidade, da comunhão, do altruísmo e do pensamento em longo prazo.
Outra preocupação é que nem o Planeta escapa do pensamento destrutivo e explorador do homem. O aquecimento global, o desmatamento, a poluição do ar, dos rios e dos mares e a extinção de diversas espécies da fauna e da flora são heranças deixadas pelo homem. Este poderia usufruir tudo isso de modo civilizado e sustentável, garantindo o seu sustento e o das novas gerações.
Então, por onde andam os altruístas? Por que não fazem nada para modificar a atual situação em que nos encontramos? Indivíduos preocupados com o outro e com o meio ambiente existem e estão no meio da sociedade, talvez com pouca força e voz. Mas é necessário que cada ser humano repense suas ações, ajude quem necessita, de modo voluntário, para que a transformação necessária e urgente ocorra. Devemos pensar coletivamente e agir para a comunidade (comum, igualitária) e não passa si mesmo. Para isso, as redes sociais são excelentes recursos para conclamar a sociedade.
Cabe, também, aos governantes, darem exemplos ao povo de que é possível mudar a realidade, governando para o povo, na efetivação do bem comum. Só assim, podemos enxergar bons augúrios para as futuras gerações.


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