Texto escrito por Ronaldo Ribeiro, membro fundador da Academia de Letras de Arcos
Arcos, 09 de Dezembro de 2020
Todo início é complicado, laborioso e quase que sufocante, porém é preciso começar.
Começar algo que já ‘‘havia’’ é ainda mais complicado, porém quando falta parte do passado, o presente não se completa e o futuro não acontece... E as coisas se perdem...
É preciso (re)começar!
Começar de onde não havia de ter jamais parado.
Sabemos que os tempos mudam e também costumes!
A gente mesmo muda e pobre de quem foge da mudança.
A mudança nos faz crescer, nos faz viver, nos faz dignos de nossas lutas e nossas vitórias.
Que (res)surja a nova Academia Arcoense de Letras, não importando o nome, porém que venha com novas ideias e novos ideais.
Que venha cheia de força para manter viva nossa cultura linguística e valorizar nossa gente que escreve, que compõe, que ensina, que educa, que vive, que chora, que sorri...
Uma cultura quando ganha identidade é maior a esperança, de que ela não morra, ou mesmo não seja esquecida diante de tantos devaneios do dia a dia...
Que essa proposta cultural seja de todos e não de um.
Que a união seja o ponto chave de um sonho em comum, que é o de valorizar e resgatar parte de nossa cultura.
Falando em cultura, nossa cidade sofre...
Para citar parte desse sofrimento, temos uma Casa de Cultura ‘recheada de tudo’, menos de pessoas.
É preciso trazer o jovem para a linha de frente da batalha em busca do conhecimento e da reflexão.
Que essa Academia trabalhe em conjunto e que some forças para sair do papel e ganhar a história de Arcos.
Parabéns a quem provocou a ‘mudança’ e plantou a semente, a qual esperamos e temos fé, que germinará e dará bons frutos.
Ao que depender das boas pessoas que ali estão, será um projeto belo e vitorioso; E que bom fazermos parte de algo belo, não por vaidade e sim por estarmos gravando positivamente o nome na história dessa cidade querida e tão judiada culturalmente, não pelas pessoas e sim pelas vaidades, principalmente políticas.
Que cada um contribua com o crescimento do outro, apresentando novas ideias, experiências e que haja essa troca de visões de mundo, para que assim possamos melhorar-nos como seres humanos.
Somos falhos e suscetíveis a erros, mas quando temos ao lado pessoas mais vividas e intelectualmente esclarecidas, nosso aprendizado se torna mais prazeroso e fica eternizado, praticamente imortalizado dentro de nós.
Finalizo essas palavras, com um trecho do discurso de Machado de Assis em 20 de julho de 1897, quando da fundação da Academia Brasileira de Letras:
“Passai aos vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para que eles o transmitam aos seus, e a vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira.”