domingo, 22 de dezembro de 2019

Então é Natal!



          Mais um fim de ano, mais um Natal. Data celebrativa e de grande significado para a maior parte da população mundial. Dia de celebrar o nascimento de Cristo, de relembrar nossas crenças e de viver verdadeiramente na cultura da paz e da solidariedade.
         Inicialmente, vários são os símbolos do natal: a árvore, os enfeites, os presentes, o presépio e o Papai Noel. Cada um tem seus significados e origem, mas um, de modo especial, instiga a imaginação de crianças e adultos: o Papai Noel, afinal, ele existe?
         Historicamente, o Noel existiu sim, há várias explicações sobre sua existência, no entanto, uma que mais se aproxima do espírito natalino é que o Papai Noel seria o Santo Nicolau de Mira, que foi um bispo grego do século IV d.C.. Era costume desse santo, que veio de família riquíssima, dar presentes. Ele era pacífico, bondoso e amigável com crianças. Durante a Idade Média ele foi nomeado como santo da Igreja e sua ação tão nobre é lembrada até hoje. 
        Portanto vale dizer que o maior significado é que haja a reunião da família, com alegria, amor, paz e harmonia, porque esses são os verdadeiros ingredientes essenciais do Natal.
        O natal deve ser comemorado com quem se deseja bem e se ama. Os melhores presentes devem vir em forma de carinho, amor, saúde e paz. E que o exemplo do Papai Noel, de solidariedade, paz e amor, seja exercido por todos nós, fazendo o bem para todos, especialmente, para os mais necessitados.

domingo, 8 de dezembro de 2019

Massacre em Paraisópolis

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        Até quando a violência vai imperar e continuar tirando a vida dos jovens brasileiros? Em Paraisópolis, São Paulo, num fim de semana, uma ação truculenta da polícia matou 9 jovens num baile funk e vários outros sofreram golpes violentos de policiais. Há muitos vídeos circulando na internet, comprovando os fatos. O que se questiona é: esse tipo de ação militar aconteceria da mesma forma se fosse num ambiente frequentado por cidadãos com melhores condições socioeconômicas? Essa ação violenta resolve o que? E a imagem de policiais honestos e de bem, onde vai parar?
        É preciso relembrar que atitudes violentas de policiais não acontecem apenas nas favelas ou em bailes funk. É comum se ver cenas de militares batendo em ambulantes ou destruindo suas barracas, alguns agridem com socos, pontapés e até coronhadas em ações rotineiras como ocorreu numa blitz, em que dois jovens em uma  moto foram brutalmente agredidos por policiais, mesmo os meninos não tendo feito nada de errado. 
     Também não se pode esquecer os diversos massacres e tiroteios completamente insanos contra possíveis suspeitos e quando se vê, é claro, depois que já matou, famílias inteiras foram assassinadas “por engano”. Além disso, a legitimação que se dá às chacinas aumenta absurdamente os erros nas abordagens policiais e o medo continua. 
    Diante dessa situação, a polícia, que deve proteger, passa a ser vista como inimigo do pobre, do negro, do favelado, dos gays, etc.. Nesse sentido, percebe-se que tem algo de errado nisso. Por que temos tanto equívocos nas mortes dos menos favorecidos? 
      Obviamente que se deve deixar claro que há profissionais cruéis, desonestos, maus em toda e qualquer profissão, assim não se pode nunca generalizar dizendo que toda a polícia brasileira é semelhante ao bandido, temos trabalhadores que cuidam da segurança da cidade com presteza, respeito e dignidade. 
       Portanto precisa-se, urgentemente, em todo o país, rever as ações da polícia, o tipo de abordagem adotada a fim de se evitar enganos, violência e o pior, de matar gente inocente. O que aconteceu em Paraisópolis não foi um acidente, foi um genocídio. Se esses jovens estivessem numa boate cara ou numa “rave” superchique eles teriam morrido? Acho que não. Lamentavelmente, o preconceito e a intolerância generalizados são grandes motivos de tanta violência. 

sábado, 23 de novembro de 2019

Consciência Negra, sim!

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         Nesta semana, voltando de um encontro educacional em São Paulo, escutei de um passageiro a seguinte frase:”Papai, por que a maioria das pessoas pobres que conheço tem a pele escura “? Essa foi a pergunta que Anna Vitória, de cinco aninhos, fez a seu pai. A princípio, parece uma simples pergunta de criança, mas quando nos pomos a refletir, percebemos o quanto essa pergunta é forte e sua resposta não é fácil de ser dita, principalmente para uma criança.
       Esta é uma semana reservada a refletir sobre o racismo, especialmente no Brasil. Portanto, para que o processo de reflexão seja exitoso, é preciso saber por que estamos, em pleno século XXI, discutindo um assunto que nem deveria mais estar em pauta. 
       Primeiro, o racismo existe e ganha força à medida que ganha espaço em discursos racistas de políticos poderosos, que deveriam usar o poder que têm para erradicar todo o tipo de violência. Na verdade, discursos assim contribuem para que preconceituosos sintam-se à vontade para espalhar toda sua intolerância, descabida, contra negros, pobres e homossexuais. 
       Segundo, é necessário saber que o Dia da Consciência Negra existe porque não há consciência do branco que, em sua maioria, sente-se superior aos outros, o que é desprezível. Além disso, basta consultar o Mapa da Violência, 2018, em que os números não deixam mentir: morrem mais negros do que brancos, simplesmente por sua cor de pele. 
       Portanto, gostaria muito de responder à pequena Anna Vitória que não existe racismo, que todos são iguais, mas estaria mentindo. Então é necessário que a família ensine a seus filhos a amar e respeitar o próximo, independentemente de cor, raça, religião, gênero ou condição socioeconômica. “Enquanto a cor  da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”, Haile Selassie. 

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Acesso à cultura: desafios e possibilidades

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         O tema do Enem deste ano foi sobre a democratização do cinema e suas formas de acesso. É interessante perceber que falar de um tema como esse envolve um paradoxo: de um lado temos uma classe social privilegiada, com acesso não somente ao cinema, mas a diversos tipos de entretenimento culturais e, do outro lado, tem-se uma grande parcela social que nunca foi ao cinema na vida. Nesse sentido, o enem trouxe à tona a importância de se democratizar e facilitar o acesso ao cinema para todos , afinal, todos têm direito à cultura, mas é necessário investimento. 
       É preciso salientar que democratizar o acesso ao cinema, no Brasil, é papel do Estado, porém há diversos desafios como o tamanho territorial do País, a desigualdade regional, a desvalorização (por parte dos governantes) da arte, da cultura e do cinema. 
     Em primeiro lugar, o Brasil é o sexto maior país do mundo quando se refere à extensão territorial.  Isso dificulta atingir todas as regiões, uma vez que se pode encontrar salas de cinemas somente em cidades grandes. Além disso, é evidente que há regiões de acentuada desigualdade e pobreza. Logo, percebe-se que a construção de cinemas em todas as cidades brasileiras torna-se praticamente inviável ou mesmo inconcebível geográfica e financeiramente.   Nesse sentido, a valorização das diversas manifestações artísticas é de suma importância para o investimento educacional, cultural e intelectual do seu povo. Porém, é necessário que todo o tipo de arte seja percebido como instrumento de formação do homem. Todos precisam de saúde, segurança, educação e de cultura também. Desse modo, a democratização do cinema se torna dever do Estado e das instituições privadas privadas (voltadas para este segmento) é um direito do cidadão. 
        Infere-se, portanto, que a democratização do cinema é importante e precisa ocorrer, o cinema deve chegar aos mais diversos lugares do Brasil, especialmente para os mais carentes. Então governo, em parceria com iniciativas privadas, devem mobilizar esforços para criar, por exemplo, o cinema móvel, itinerante, para visitar as cidades brasileiras como fazem os circos. Dessa forma,  a valorização do cinema e da arte pode ser ampliada e alcançar todo cidadão.

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segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Professora arcoense e aluno lagopratense são semifinalistas nas Olimpíadas da Língua Portuguesa


TEXTO PUBLICADO NO JORNAL DA CIDADE (25/10/2019) 

            A professora, escritora e colunista do Jornal da Cidade, a arcoense Rosana Silva, que trabalha em Arcos e em Lagoa da Prata, está representando não só a cidade de Lagoa da Prata, mas também o Estado de Minas Gerais, juntamente com seu aluno Pedro Henrique Oliveira Santos, da Escola Estadual Virgínio Perillo, em um importante evento de alcance nacional: A Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa, evento que tem a participação de alunos de todo o país e neste ano teve a participação de mais de 170 mil alunos inscritos. Matriculado no 3º ano do Ensino Médio, Pedro entrou na competição na categoria Artigo de Opinião com sua produção de texto cujo título é: “Tão Doce Quanto Amargo”, que foi selecionado como um dos 5 melhores textos de Minas Gerais. A professora e o aluno participarão de um evento na capital paulista, nos dias 17, 18 e 19 de novembro, no qual serão realizadas diversas oficinas e premiações.

A OLIMPÍADA

            A Olimpíada de Língua Portuguesa é um concurso de produção de textos para alunos de escolas públicas de todo o país. É uma iniciativa do Ministério da Educação e do Itaú Social, com coordenação técnica do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária). A Olimpíada integra as ações desenvolvidas pelo Programa “Escrevendo o Futuro” e está na sua sexta edição.

            O tema escolhido para as produções é “O lugar onde vivo”, que propicia aos alunos estreitar vínculos com a comunidade e aprofundar o conhecimento sobre a realidade local, contribuindo com a sua aprendizagem, com a escrita, a leitura e a interpretação textual fluentes e, de certa forma, para o desenvolvimento de sua cidadania. Pedro, com orientação da sua professora, em todas as etapas, discutiu a questão da preservação ambiental no município, destacando a dualidade que permeia o plantio da cana-de-açúcar: de um lado, crescimento econômico, emprego; do outro, preocupação ambiental.


sábado, 19 de outubro de 2019

Criança – o maior símbolo de amor

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        Certamente, a maioria dos adultos concordam que a infância é a fase mais bonita da vida. É o tempo de jogos, brincadeiras, aprendizagem e descobertas. O clichê “as crianças são o futuro do país” é verdadeiro, entretanto o que se observa, hoje, é que muitos desses pequeninos sofrem com maus-tratos, abandono, abuso sexual, violência física, verbal e psicológica, alienação parental, balas perdidas e, infelizmente, muitas perdem suas vidas devido à omissão do estado, da sociedade e da família.
           Segundo o Art. 227 da Constituição Federal Brasileira, é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Porém nem sempre esse artigo se cumpre, uma vez que a violência tem ceifado muitas vidas como a pequena Ágatha, Isabela Nardoni, Bernardo, Maria Eduarda e tantos outras.
            Conforme a lei, as crianças devem ser protegidas em toda a sua plenitude. Porém constata-se que muitas delas deixam de ser criança cedodemais por diversas razões, dentre elas o trabalho infantil, que ocorre geralmente em famílias de baixa renda e é uma afronta aos seus direitos, assegurados pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Além disso, há pais que expõem os pequenos a estímulos inadequados e os sacrificam com uma rotina cheia de afazeres e compromissos como se fossem adultos. 
            Como as crianças estão em processo de desenvolvimento, elas precisam ser protegidas, em primeira instância pela família, depois pela escola, sociedade e pelo poder público. Essa proteção parte do pressuposto de que criança é criança e pronto, como afirma a educadora e psicóloga Rosely Sayão:Assim, a família deve tratá-la como tal, oferecendo subsídios para promover o seu desenvolvimento físico e mental para que ela cresça saudável.
Camilo Castelo Branco, escritor português do século XIX, disse: "A infância é como a água que desce da bica, e nunca mais sobe". Por essa máxima entende-se que essa fase da vida é curta, deve ser respeitada para que não se perca nos caminhos da vida. Mas isso só acontecerá se houver a parceria entre todas as instituições e, principalmente, a presença de adultos responsáveis e amorosos para garantir a infância dos pequenos.

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Jornada Literária 2023

  “Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos.” Cora Coralina A poesia, na educação, é um forte ...