Chega de violência, chega de feminicídio!
Segundo pesquisas, em 2017, foram 4.473 homicídios dolosos contra as mulheres, um aumento de 6,5% em relação a 2016. Tal índice comprova que uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil, o que o torna um país com altos números de feminicídio ( crime de ódio contra mulheres). Essa situação é insustentável, vergonhosa e medidas devem ser tomadas urgentemente.
Primeiro, deve-se considerar que a violência contra a mulher é uma realidade mundial e os tipos mais comuns são as agressões físicas, verbais e psicológicas, estupros, assédio sexual e moral, maus tratos e muitos deles terminam no feminicídio. Além disso, a Lei Maria da Penha, que acaba de completar 12 anos, não é capaz de acabar de vez com a violência contra a mulher.
Há, infelizmente, inúmeros exemplos que chocaram o país nos últimos meses, de mulheres assassinadas, muitas vezes, pelo próprio marido, namorado, companheiro. O mais recente, que ganhou muita repercussão midiática, foi o caso da advogada Tatiane Spitzner.
Segundo o Ministério Público, o marido da vítima, Luiz Felipe Manvailer, professor universitário, usava apelidos humilhantes ao se dirigir à esposa e praticava todas as formas de violência familiar e doméstica contra a mulher. Antes de morrer, ela foi humilhada, espancada, sofreu todos os tipos de tortura, golpes, sufocação, com requintes de crueldade, foi jogada do prédio.
Isso não se trata de um filme ou novela, foi um crime da vida real, hediondo e muitas mulheres são vítimas desse mesmo roteiro. O pior é que, no caso de Tatiane, todos ouvem, veem as agressões, mas ninguém faz nada, ninguém “mete a colher”.
É preciso resolver essa situação antes que mais mulheres percam suas vidas. A impunidade é o caminho para que crimes como esses continuem ocorrendo. O que se espera é que essa violência seja exterminada o quanto antes. Para isso, é preciso que o poder judiciário, juntamente com o governo federal, intensifiquem as leis existentes e pressionem os órgãos competentes para solucionar e aplicar a punição merecida. Precisa -se, também, de mais amor, mais respeito à vida e menos machismo e violência.