Segundo
dados do UNICEF (Fundação das Nações Unidas para a Infância) os índices de
crianças e adolescentes assassinados ou que sofreram algum tipo de violência
aumentaram significativamente no país e no mundo. Casos como bala perdida,
violência sexual, agressão física e verbal, além de guerras civis são motivos
dessa brutalidade. A criança se tornou refém do medo e dos maus tratos. Essa
situação é inaceitável, e medidas devem ser tomadas urgentemente.
De
acordo com o UNICEF, as estatísticas apresentam uma situação desoladora em
relação à violência. Os dados indicam que em média 129 casos de violência
psicológica e física, incluindo a sexual, e negligência ocorrem a cada dia. Somente
nesses últimos dias, o mundo todo ficou perplexo ao ver tanta barbárie, devastando
comunidades inteiras, destruindo vidas diariamente. No Brasil, todos os dias, crianças
e adolescentes são vítimas de balas perdidas, perdidas mesmo, pois nunca se
descobre de quem partiu o disparo letal. Rio de Janeiro, a “cidade maravilhosa”
é o maior palco dessa crueldade contra o cidadão, contra os pequenos.
As
últimas vítimas desse crime bárbaro nem sequer imaginavam que poderiam ser
atingidas, já que uma delas, de apenas 13 anos de idade, estava dentro da
escola, num lugar sagrado, que jamais deveria servir de cenas violentas; a
outra, um adulto, estava pregando, estava com a Bíblia, orando com seus amigos.
Ou seja, não estavam em “locais perigosos, rastreados pelas polícias”. Ali se
encerraram sonhos, enterraram-se esperanças.
Outro
cruel dado é o número de crianças mortas na Síria, que tem batido recorde de
mortes. Só nesta semana, com o ataque impiedoso por armas químicas, quase 100
civis perderam a vida, entre eles, mais de 30 crianças. O ataque pôde ser
acompanhado ao vivo pelas redes sociais, qualquer um podia ver a cena de
crianças e jovens agonizando, morrendo aos poucos, asfixiados pelo gás
venenoso. A ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou que a infância está
condenada pelo conflito sírio que vai completar seis anos. Mais de 1000
crianças foram mortas desde o início desse martírio em 2011, e não somente
pelos bombardeios, mas também em decorrência de doenças evitáveis, pois é
difícil o acesso de médicos na região.
John Donne, poeta inglês, disse: "Quando
morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade",
assim, não se pode perder o assombro diante de cenas cruéis como essas que
estão acontecendo com as crianças de todo o mundo. O terrorismo não está
acontecendo apenas na Síria, mas é uma realidade para quem vive em grandes
cidades no Brasil. É preciso que as autoridades de todas as nações ajam em prol do seu povo, levando a paz a todo o
canto; para isso, acordos precisam ser feitos, ações concretas devem ser
realizadas antes que mais vidas sejam ceifadas devido a tanta omissão: maior causa da violência no
mundo.