quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Torneira vazia em 2015: aprendemos a lição?





Há muito tempo, ambientalistas vêm alertando a população e as autoridades de que uma crise hídrica estava prestes a se tornar uma realidade no país. Quem dera se estivessem enganados! 2015 foi um ano seco e amargo para boa parte dos brasileiros devido à falta de água. No entanto será que aprenderam alguma lição?
É sabido que existem vários fatores que contribuem com a falta de água: escassez de chuvas; aquecimento global; desperdício em domicílios, indústrias e em encanamentos deteriorados com o tempo; gestão incompetente no que tange à manutenção, planejamento e visão em longo prazo para cuidar dos recursos hídricos. Ainda, no Brasil, tem-se um pensamento de que nada acontece por aqui, inclusive a falta de água. Assim o desperdício é frequente e rotineiro. Falta consciência.
Cabe ressaltar que a falta de chuva é, por si só, uma consequência da ação humana. Desmatamento sem controle, fiscalização leniente das reservas ambientais e das nascentes e, sobretudo, poluição dos rios e afluentes formam um conjunto de causas que comprometem o período chuvoso, que é tão necessário para a sobrevivência. A poluição dos rios e a o descaso com o lixo corrobaram com a estiagem.
Além disso, com a fragilidade das ações políticas de proteção à água e, consequentemente, da sua captação, ter água encanada fica gradativamente mais escasso e mais caro. A gestão desse recurso precisa ser levada a sério e ter planejamento de curto, médio e longo prazo. Se há previsão de seca, medidas como racionamentos têm de ser tomadas antecipadamente e com responsabilidade. Não se pode racionar quando não tem mais nada, nem uma gota.
Ademais, é preciso que as empresas de captação e os governos sejam parceiros, trabalhando para o bem comum. Ações concretas como construções de barraginhas e de barragens, obras de manutenção, limpeza, produção de água e aplicação de multa em caso de desperdício devem se tornar corriqueiras.
É necessário atitudes que privilegiem o cuidado com a natureza em todas as suas instâncias e faz parte disso cuidar dos rios, das matas, das nascentes e da limpeza da cidade. Faz parte, também, o recolhimento do lixo, úmido e reciclado, a diminuição da emissão de gases poluentes e o reaproveitamento da água. A seca de 2015 não pode ficar esquecida e passar como as águas do rio. Devemos, a cada copo de água que ingerirmos, lembrar de que torneira vazia não esvazia apenas os reservatórios, mas também as esperanças de um futuro para nossos descendentes.


torneira vazia
Fonte: http://www.maispb.com.br/wp-content/uploads/2015/02/torneira-vazia.jpg






sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O perigo tem asas





            A crise no país nunca ficou tão evidente. É crise na política, na economia e na saúde. Esta última ficou fortemente abalada devido ao avanço incontido do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, a febre chikungunya e a recente zika. Diante disso, o que se deve fazer para mudar esse quadro caótico da saúde do povo brasileiro?
O número de vítimas é alarmante. Segundo dados da Secretaria de Vigilância Sanitária, só em 2015, foram registrados mais de 1,6 milhão casos prováveis de dengue no Brasil. Em Minas Gerais, os casos da doença subiram quase 1000%, de acordo com o Jornal Estado de Minas. De outubro passado a fevereiro deste ano, são 462 casos de microcefalia por infecção congênita. Há 3.852 casos sendo investigados e, até o momento, não resta dúvida de que existe relação direta entre o vírus zika e a microcefalia (cérebro menor que o tamanho normal).
 Além disso, a maior tristeza do brasileiro é ver que em nossa federação, os líderes políticos somente remedeiam e não previnem de forma eficaz e abrangente. Isso significa que, praticamente, quase todas as atitudes tomadas, especialmente em relação ao Aedes aegypti, são paliativas e ineficientes. O trabalho preventivo precisa ser maciço, diário e direto à mola propulsora, causadora de tantos transtornos, que é um mosquitinho com poderes gigantescos de destruição da vida humana.
Diante da assustadora situação, faz-se necessária a união de forças políticas, de todos os três poderes – em todo o território nacional – para combater esse mal com ações mais precisas e, sobretudo, profiláticas, no ano inteiro e não apenas nos períodos mais críticos. Entidades de classe, escolas e instituições religiosas precisam agir nas comunidades, conscientizando e informando os moradores. Cada cidadão deve se comprometer com o bem comum e cuidar do seu próprio domicílio, afinal, “Casa comum, nossa responsabilidade”. Portanto cada um é responsável por cuidar da sua casa e do seu entorno, a fim de exterminar de vez com esse perigo de asas.
Fonte: http://escolaeducacao.com.br/wp-content/uploads/2015/10

Jornada Literária 2023

  “Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos.” Cora Coralina A poesia, na educação, é um forte ...