quinta-feira, 17 de março de 2016

Um tapinha não dói. Será?



É lamentável que ainda veem-se, nos noticiários, crimes bárbaros contra crianças. Recentemente, um bebê de apenas 6 meses de vida foi estuprado pelo padrasto numa cidade de Minas Gerais. Na mesma semana, outro foi encontrado numa caçamba de lixo. Outra criança sofria abuso sexual dentro da própria casa e milhares de outras, diariamente, são espancadas, abandonadas e assassinadas, muitas vezes, pelos pais. Até quando isso vai acontecer?
Quem é que não se lembra da menina Isabela Nardoni, atirada do prédio pelo pai e madrasta; do menino Bernardo, morto pela madrasta com o aval do pai; do menino Hélio, arrastado por quilômetros por um carro no Rio de Janeiro, por assaltantes. Infelizmente, há inúmeros casos, noticiados pela mídia. E muitos outros não foram tratados pelos meios de comunicação. E quantos algozes não são punidos e acham que um tapinha não dói, justificando que estão apenas educando seus filhos? E o pior, quantas Isabelas, Bernardos e Hélios estão sendo ceifados ainda hoje? Ou quantos meninos e meninas sofrem maus tratos, abandono de todas as espécies e estão correndo risco de morrer?
A violência infantil é um caso sério e precisa ser analisado o quanto antes, para evitar que a triste estatística continue subindo aceleradamente. É preciso compreender o que leva um adulto, especialmente os pais, os padrastos, os cuidadores e até professores a usarem a agressividade contra seres tão inocentes e indefesos. São justamente esses que mais devem cuidar dos pequenos, darem atenção, carinho, sustento, educação e, sobretudo, amor.
Para o UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância - quase um bilhão de crianças no mundo sofrem punições severas; os homicídios de crianças e adolescentes representam 10% de todo o mundo. De acordo com pesquisas, são nos hospitais e nas escolas que profissionais detectam casos de violência. São muitas notificações existentes de crianças que dão entrada nos hospitais, por diversos motivos, e somente lá é que se descobre a farsa, e o que parecia apenas um tombo, um pequeno acidente, são marcas de agressão, negligência e de abuso. Na escola, são os professores que veem as agressões.
É preciso mudar esse cenário violento e hostil. Não dá para aceitar tamanha crueldade. Pais e mães devem ficar mais atentos, saber onde o filho vai dormir, com quem ele está. É preciso prestar atenção se cada pai, cada mãe não está sem paciência demais, se está cansado demais e não percebe que está sendo agressivo com o filho. Há muitos pais intolerantes, que estão dispostos a baterem quando têm que conversar, dar atenção e carinho. Também, devemos lembrar que existem padrastos e madrastas tão bons e amorosos quanto os próprios pais. Jamais podemos generalizar a situação. A violência, de todo o tipo, é repugnante, mas contra crianças é crudelíssima. Criança é um ser vulnerável que precisa é de amor, de cuidados, de proteção, de respeito, de limite e de educação. Basta de violência.

Fonte da imagem: http://4.bp.blogspot.com/violencia1.jpeg













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