sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Consciência negra: resistência e celebração



       Em pleno século XXI, precisamos discutir o racismo. Assim, é necessário utilizar o Dia da Consciência Negra para refletir a situação dos negros no Brasil, a fim de mudar a nossa realidade e propor ações de enfrentamento ao crime de racismo. 

       Vale salientar a necessidade de celebrar o Dia da Consciência Negra. Se essa data existe é por que não há consciência do branco que, em sua maioria, sente-se superior. Além disso, o Mapa da Violência 2020 mostra que morrem mais negros do que brancos, simplesmente por sua cor de pele e que os casos de racismo aumentaram vertiginosamente.

       Um fator preocupante é que grande parcela da sociedade acredita que o racismo não existe, é contra as cotas para negros nas universidades, considera um “mimimi” as denúncias feitas devido às injúrias, não percebe os atos de racismo no seu dia a dia, não enxerga a imensa desigualdade existente e desconhece a história escravocrata, cujos resquícios se fazem presentes.

          Ademais, discursos racistas entre políticos, influencers e lideranças, que deveriam usar o poder para erradicar essa violência, contribuem com os preconceituosos e espalham intolerância e ódio. 

       Portanto, o Dia da Consciência Negra é persistência e celebração. Persistência porque os negros continuam sua luta por seus direitos e por igualdade; celebração porque deve-se celebrar cada vitória alcançada, deve-se comemorar cada espaço conquistado. Segundo Haile Selassie, “enquanto a cor  da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”. Precisamos mudar isso e essa luta é de todos nós.

Jornada Literária 2023

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