O avanço do terrorismo
O
dia 11 de setembro de 2001 ficou marcado na história, infelizmente, devido a um
dos maiores atentados de todos os tempos: o ataque terrorista às Torres Gêmeas,
em Nova York. Foi inacreditável a ação terrorista do grupo Al-Qaeda, na época,
liderada por Osama bin Laden, morto em 2011. O mundo todo ficou chocado com
tamanha brutalidade, mas o que ninguém imaginava é que pudessem existir grupos
terroristas piores, mais cruéis que a Al-Qaeda. Hoje, há uma lista como o Talibã,
Boko Haram e o mais temido de todo: o EIIS – Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
Não
é preciso morar no Paquistão, na Síria ou em qualquer outra parte do Oriente
Médio para se ter a dimensão da violência, da desumanidade e da devastação que
esses terroristas têm espalhado de forma acelerada e sanguinolenta. Os
noticiários não se cansam de mostrar os ataques a diversos pontos como praças,
mercados, igrejas, nem as escolas são poupadas.
Além
do oriente, países europeus e africanos também são alvos constantes. Neste ano,
o EI (Estado Islâmico) foi o autor de diversos atentados, deixando centenas de
mortos. Todas as semanas, o grupo terrorista EI reivindica a autoria de ataques
e se mostra mais cruel e sem limites para executar pessoas inocentes. O
massacre é contínuo e compartilhado pelos algozes em redes sociais, onde os
terroristas expõem os crimes, de forma espontânea, sem precedentes. As
atrocidades são filmadas, veiculadas para que todos possam ver as mortes,
sempre regradas com requintes de crueldade, que jamais pensávamos que alguém
tivesse coragem de fazer. Queimam, esquartejam, crucificam, degolam. Não há
limite. Nesta semana, 11 de agosto, o ataque do EI foi longe demais ao explodir,
de uma só vez, 10 pessoas.
Vidas
estão sendo ceifadas, famílias destruídas, crianças mortas e sonhos
interrompidos, se é que é possível sonhar quando se vive numa triste realidade
como a que vemos hoje, principalmente na Síria, onde as condições subumanas
batem recordes, onde cada um escolhe morrer ou morrer. Sim, isso mesmo, aqueles
que tentam fugir dos terroristas estão entre os milhares de refugiados. Muitos destes
perderam suas vidas numa fuga arriscada, sem nenhuma esperança. Para
especialistas, o que está acontecendo na Síria e em seu entorno pode ser
considerado a maior catástrofe deste século.
Estamos
assistindo a tudo isso e nada podemos fazer. Onde estão aqueles que podem frear
os atentados terroristas? O que está faltando para que todos os chefes de nação
se unam para um único fim: acabar com o terrorismo e conter o seu avanço? E o
que se sabe é que jovens, sem perspectivas de vida, sem compromisso com o
próximo e com Deus, de diversas nacionalidades, estão sendo recrutados,
treinados e integrados a esses grupos.
Não
podemos, de modo algum, perder a perplexidade diante de fatos como esses, como
se o terrorismo não fosse uma dura realidade, porque está longe do Brasil. Não
podemos perder aquilo que nos torna humanos, o sentimento. Cada vez que um ser
humano sofre, com as mazelas deste mundo, nossa consciência humana nos leva a
sofrer também. Carlos Drummond de Andrade, em uma poesia, desabafou: “quando me levantar, o céu estará morto e
saqueado, eu mesmo estarei morto, morto meu desejo, morto o pântano sem
acordes”. E assim me sinto, morta, triste, sem poder fazer nada para evitar
que, do outro lado do mundo, pessoas que nem conheço morram nas mãos de
terroristas, de forma cruel, desumana. Hoje é aquele povo que sofre tanto. Amanhã,
quem será? Eu, você?
Por Rosana Cristina Ferreira
Silva