sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A boneca Rita

Minha boneca ruiva, vestida de chita, da Estrela,
em algum lugar, num canto da casa, ficou perdida.
Já procurei pela boneca, sumida, inúmeras vezes,
mas não encontro minha pequena, chamada Rita.

Muito antigamente, quando ganhei esse presente,
fiquei imensamente feliz, foi um presente especial.
Poucas pessoas, naquela época, podiam ganhar
presentes caros, diferentes e tão bonitos no Natal.

Agora, sem sucesso algum, procuro minha Rita,
que cuidei, por tanto tempo, como um bebezinho.
Fui menina-mãe verdadeira daquela boneca bonita.

Saudades sinto de quando brincava no meu cantinho,
com meus brinquedos preferidos, ouvindo cantiga,

que minha mãe cantava para mim e meu irmãozinho.

Poesia premiada na ACADELP - 2015



Noite de Declamação e premiação na ACADELP

" Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos."
                                                                                                                     Cora Coralina


     Apresentação artística, declamações de lindas poesias em uma noite perfeita. Assim foi o dia 29 de outubro, na Academia de Letras de Lagoa da Prata/MG - ACADELP -. Como todo ano, a academia realiza um concurso de poesia, levando o estímulo à leitura e o gosto pela poesia na cidade e região. Isso é o que todas as cidades deveriam fazer, para contribuir com a cultura e com todas as manifestações artísticas. O concurso contempla várias categorias, envolvendo todo o município. Tive a honra de ser premiada duas vezes: uma como orientadora do meu aluno Gustavo, que ficou em 1º lugar na categoria Ensino Médio; e a outra foi uma poesia de minha autoria, classificando-se em 2º lugar, na categoria livre. 
     Além das premiações, sempre é muito prazeroso se encontrar com os acadêmicos de Lagoa da Prata, escritores que adoro como Marina Silva, Maria do Rosário Bessas, Genésio Magalhães, José Eustáquio de Moraes, Sebastião Camilo Borges e Adircilene Batista e Silva. 
     Escrever é o mais importante, mas não se pode negar que ter alguma poesia reconhecida dá um fôlego a mais para continuar lapidando os versos, dá ânimo para dar forma às palavras jogadas na folha em branco.


Da esquerda pra direita: Sônia Mesquita, minha filha Maria Elisa, eu, Adircilene e Maria do Rosário

Eu, meu aluno Gustavo e a acadêmica Maria Marta Vidal


Jornada Literária 2023

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