Minha boneca ruiva, vestida de chita, da Estrela,
em algum lugar, num canto da casa, ficou
perdida.
Já procurei pela boneca, sumida, inúmeras
vezes,
mas não encontro minha pequena, chamada Rita.
Muito antigamente, quando ganhei esse presente,
fiquei imensamente feliz, foi um presente
especial.
Poucas pessoas, naquela época, podiam ganhar
presentes caros, diferentes e tão bonitos no
Natal.
Agora, sem sucesso algum, procuro minha Rita,
que cuidei, por tanto tempo, como um
bebezinho.
Fui menina-mãe verdadeira daquela boneca
bonita.
Saudades sinto de quando brincava no meu
cantinho,
com meus brinquedos preferidos, ouvindo
cantiga,
que minha mãe cantava para mim e meu
irmãozinho.
Poesia premiada na ACADELP - 2015