sexta-feira, 15 de junho de 2018

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Educação paralisada


      Sam Nujoma, foi presidente de Namíbia, África, durante sua independência em 1990 a 2005. Considerado como o pai do seu país e um grande líder de seu povo, lutou contra o Apartheid. Sam Nujoma afirmou: “A educação deve ser prioridade acima de todas as prioridades”, e usou esse conceito como principal meio para mudar a sua nação. Será que os líderes brasileiros pensam desse modo? Parece que não.
            A luta desse africano mostra que nem todos os políticos são iguais e, ao contrário de alguns governantes brasileiros, como o excelentíssimo governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, acredita que a educação é a base para o progresso, a cidadania, a liberdade, a igualdade e, sobretudo, para a evolução do ser humano.
         É importante que todos saibam que o governador de Minas vem tratando a educação com desprezo, deboche e descaso total. Esse abuso resultou na paralisação das atividades dos professores que estão sofrendo com o escalonamento salarial e não suportam mais conviver com essa situação. Além disso, muitas escolas estão sem dinheiro para a merenda e atividades essenciais para o seu funcionamento. No entanto é uma decepção não ver a união da classe como se viu na paralisação dos caminhoneiros.
            Os servidores da educação só retornarão às atividades após receberem o pagamento. O conflito se alastra porque o descumprimento contínuo de promessas ocasiona gravíssimos prejuízos para a educação mineira. A Secretaria de Estado de Fazenda diz que o prazo será cumprido e isso não acontece.
          Para piorar o cenário, o governador, em entrevista, justificou que pagou primeiro os policiais porque fazem um trabalho de excelência e não se pode ficar sem segurança. E pode ficar sem educação? Sem pagar professores?
           Em suma, é preciso informar às autoridades que quem forma o policial, o juiz, o médico, o enfermeiro, o engenheiro, o vendedor e todas os demais profissionais são o PROFESSOR. Ademais, é investindo na educação, nos professores, no desenvolvimento da criança e do adolescente que se pode mudar a realidade, a fim de evitar que, no futuro, os policiais tenham tanto trabalho em prender o cidadão. Sem educação, a criminalidade, a violência, a corrupção, a desigualdade e inúmeros conflitos encontram espaço numa sociedade que desmerece seus professores. Para finalizar, sugere-se que nossos governantes aprendam com aqueles que priorizam e valorizam a educação, pois só esta “é a arma mais poderosa para mudar o mundo”, Nelson Mandela.

Jornada Literária 2023

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