Por Juliana
Lacerda, aluna do Ensino Médio, do Colégio Águia de Prata, de Lagoa da Prata
Dentre as
diversas questões que, atualmente, mobilizam a sociedade brasileira, o combate
às doenças sexualmente transmissíveis representa um grande desafio às políticas
de saúde pública. A Aids, em especial, preocupa devido à impossibilidade de
cura, embora exista tratamento eficiente. Tal condição, aliada à falta de
informação, leva à discriminação dos portadores do vírus HIV, gerando
segregação social.
De início, é importante lembrar que,
por muito tempo, acreditou-se que a doença poderia ser transmitida pela saliva
e pelo simples contato físico. Tal crença levou à exclusão dos soropositivos
nas décadas anteriores, os quais se isolavam do convívio social. Na atualidade,
embora as formas de contágio tenham sido desmistificadas, os portadores do HIV
ainda sofrem preconceito pela sua condição.
Nesse sentido, muitos aidéticos relatam
dificuldades na procura de emprego e no convívio no ambiente de trabalho ou de
estudo. Os próprios familiares, muitas vezes, contribuem para a exclusão dos
membros afetados pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
Por outro lado, os avanços no
tratamento, além da Lei sancionada em 2014 que criminaliza tal preconceito, têm
criado uma maior aceitação social acerca dos indivíduos soropositivos. Ainda é
necessário, no entanto, criar medidas que protejam a integridade dos doentes e
que previnam a disseminação do vírus.
Portanto, cabe ao Governo a criação de
oportunidades para reinserir tais indivíduos na sociedade, através da geração
de empregos e de acompanhamento psicológico. Quanto ao preconceito, é dever do
Poder Judiciário punir ações discriminatórias, conforme a Lei de 2014. Além
disso, o Ministério da Saúde deve promover, através da mídia, campanhas de
conscientização acerca da Aids, bem como ampliar o acesso a preservativos e
testes rápidos nos postos de saúde. Por fim, instituições como escolas,
universidades e ONG’s devem criar, em parceria com órgãos públicos, medidas
socioeducativas por meio de palestras e propagandas que levem informação à
população em geral, combatendo tanto a Aids quanto o preconceito.