quarta-feira, 13 de julho de 2016

O desafio de promover a inclusão do portador do vírus da Aids



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Por Juliana Lacerda, aluna do Ensino Médio, do Colégio Águia de Prata, de Lagoa da Prata


            Dentre as diversas questões que, atualmente, mobilizam a sociedade brasileira, o combate às doenças sexualmente transmissíveis representa um grande desafio às políticas de saúde pública. A Aids, em especial, preocupa devido à impossibilidade de cura, embora exista tratamento eficiente. Tal condição, aliada à falta de informação, leva à discriminação dos portadores do vírus HIV, gerando segregação social.
         De início, é importante lembrar que, por muito tempo, acreditou-se que a doença poderia ser transmitida pela saliva e pelo simples contato físico. Tal crença levou à exclusão dos soropositivos nas décadas anteriores, os quais se isolavam do convívio social. Na atualidade, embora as formas de contágio tenham sido desmistificadas, os portadores do HIV ainda sofrem preconceito pela sua condição.
         Nesse sentido, muitos aidéticos relatam dificuldades na procura de emprego e no convívio no ambiente de trabalho ou de estudo. Os próprios familiares, muitas vezes, contribuem para a exclusão dos membros afetados pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
         Por outro lado, os avanços no tratamento, além da Lei sancionada em 2014 que criminaliza tal preconceito, têm criado uma maior aceitação social acerca dos indivíduos soropositivos. Ainda é necessário, no entanto, criar medidas que protejam a integridade dos doentes e que previnam a disseminação do vírus.
         Portanto, cabe ao Governo a criação de oportunidades para reinserir tais indivíduos na sociedade, através da geração de empregos e de acompanhamento psicológico. Quanto ao preconceito, é dever do Poder Judiciário punir ações discriminatórias, conforme a Lei de 2014. Além disso, o Ministério da Saúde deve promover, através da mídia, campanhas de conscientização acerca da Aids, bem como ampliar o acesso a preservativos e testes rápidos nos postos de saúde. Por fim, instituições como escolas, universidades e ONG’s devem criar, em parceria com órgãos públicos, medidas socioeducativas por meio de palestras e propagandas que levem informação à população em geral, combatendo tanto a Aids quanto o preconceito.

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