sexta-feira, 22 de abril de 2016

Saudade dos “velhos” amigos





Um dia desses encontrei-me com uma amiga que sempre eu via só passando pelas ruas da cidade e nos cumprimentávamos de longe; via pelo Facebook e aí a gente curte alguma foto, comenta, fazemos o que as redes sociais, hoje, nos permitem, mas não conversávamos há muito tempo por diversos motivos.
Nessa ocasião, colocamos nosso assunto em dia, falamos de nossas lutas, vitórias e derrotas; dos filhos, marido, trabalho, saúde e, o mais interessante, relembramos o tempo em que a gente se encontrava, saía, rezava e se divertia. Foi um momento de recordar tanta coisa que eu havia me esquecido de ter vivido.
Esse encontro serviu não somente para reminiscências, mas também para pensar: como nossas vidas tomam rumos tão inesperados, levando-nos a distanciar de pessoas e de lugares que amamos muito? Distanciamo-nos não por que queremos, todavia porque nossos caminhos se modificam ao longo da caminhada e nessa estrada conhecemos novas pessoas, amizades e amigos. E o que acontece com os velhos amigos que deixamos para trás e conosco que também fomos deixados em algum lugar do passado?
Isso não significa que deixamos de ser amigos, não deixamos de torcer por eles, não deixamos de ter carinho e respeito, só modificamos nossa rota e muitas vezes não sabemos o porquê disso acontecer. Assim, os velhos amigos continuam o sendo mesmo não os vendo de perto, mesmo não conversando diariamente. Já li, no entanto, agora, não me recordo quem escreveu, de que não precisamos ver as estrelas para saber que elas existem. Há muitas noites em que o céu está nublado e nenhuma estrela pode ser avistada, mas sabemos que elas estão lá. Assim são nossos “velhos amigos”, não precisamos estar juntos para saber que eles existem e que são importantes para nós, simplesmente existem e são anjos que Deus colocou em nossa vida.
Dizem que o nosso destino está em nossas mãos, não sei se realmente está, já que nem imaginamos como pode ser os caminhos futuros pelos quais temos de percorrer. Nem fazemos ideia das pessoas com que vamos nos encontrar. O que precisamos fazer, e está em nossas mãos hoje, é deixar tanta correria de lado e cuidar, cultivar, regar com carinho e amor os verdadeiros amigos. Precisamos abrir espaço para acariciar, conversar, jogar conversa fora, visitar e cuidar de quem nos permitiu viver grandes aventuras, de quem ficou ao nosso lado nos momentos difíceis e de quem, um dia, fez parte da nossa história.
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sexta-feira, 15 de abril de 2016

Vontade política ou interesse particular?





Quanto tempo uma lei ou um projeto de lei levam para ser aprovados no parlamento? Todos sabemos que existem inúmeros projetos em tramitação no congresso há anos, muitos deles importantes para o povo em diversas instâncias como saúde, inclusão social, infraestrutura e Plano Nacional da Educação. Sobre o andamento da aprovação ou não dessas leis depende daquilo que estamos cansados de ouvir falar que é a “vontade política”. Não seria melhor dizer “interesse particular”?
Nas últimas semanas, o brasileiro está vivenciando o processo de Impeachment da Presidenta Dilma Rousseff e o seu desdobramento. Mas o que nunca foi visto antes é a tamanha celeridade com que foi implantada a comissão e a votação pela Câmara dos deputados federais, além do troca-troca de alianças partidárias. Ademais, como um vice-presidente, há anos no poder com a presidência, resolve em apenas três minutos abandonar o barco bem na hora em que seus companheiros estão precisando de sua ajuda, de sua colaboração?
Diante desses exemplos de como as ações correm com explosiva rapidez, fica a pergunta: por que outros projetos, não menos importantes para o país, ficam engavetados pelos nossos políticos? Por que assuntos pertinentes e imprescindíveis para o desenvolvimento do Brasil não acontecem com o mesmo fluxo de agilidade?
Não estou me posicionando nem contra nem a favor do Impeachment da presidenta, nem tampouco contra a célere aprovação ou reprovação desse ato. O que nos leva à reflexão é essa questão de vontade política ou de interesse particular que movem as decisões em nosso contexto. Se os deputados se dispõem a trabalharem madrugada afora e até domingos para determinados assuntos, por que não aproveitam que estão tão empenhados e trabalhem na aprovação de projetos que realmente beneficiem o cidadão de bem e trabalhador?
Com a correria em que os parlamentares estão no atual momento histórico, foi claramente possível perceber que quando se quer que alguma ação seja concluída, esta, de fato, pode ocorrer. Diante disso, o brasileiro deve aproveitar essa situação e manifestar-se a favor da desburocratização política e exigir dos nossos parlamentares a agilidade, também, em tudo o que se refere à aprovação dos ditames que melhorem a vida e a dignidade do seu povo e não dos interesses pessoais desse ou daquele. Os políticos foram escolhidos e eleitos pela população democraticamente, por isso devem exercer o seu papel como deve ser e não como querem que seja.
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sexta-feira, 8 de abril de 2016

E a saúde, vai bem?





            Nesta semana, 7 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Saúde, que foi criado pela OMS – Organização Mundial da Saúde - em 1950, na sua primeira Assembleia. Esse dia evoca o esforço da organização a fim de chamar a atenção global de tudo o que envolve a saúde. Nesse quesito, no Brasil, houve alguns avanços, mas ainda há muito que desenvolver principalmente agora em que o país se vê dominado pelo mosquito Aedes aegypti, falta de investimento no SUS - Sistema Único de Saúde - e em programas assistenciais à saúde. Desse modo, o que temos para comemorar?
            Todos sabem que é dever do Estado, por meio da nossa constituição, o direito à saúde. Isso faz parte de um conjunto de direitos chamados de direitos sociais, que têm como principal filosofia o valor da igualdade entre todos. Muitos não sabem, mas cada um deve ter acesso a ações e serviços necessários para a promoção, a proteção e a recuperação da sua saúde, como: gratuidade de medicamentos necessários; atendimento ambulatorial; facilidade na marcação de consultas e exames; internação hospitalar, sempre que necessário; em caso de risco de morte ou lesão grave, ter direito a transporte e atendimento adequado em qualquer estabelecimento de saúde capacitado, independentemente de recursos financeiros; direito a atendimento respeitoso e com a devida atenção, em local e ambiente digno, limpo, seguro e adequado.
            No entanto a realidade nem sempre é essa. Infelizmente, a nossa federação não atende à população conforme os preceitos legais, deixando de oferecer recursos imprescindíveis à saúde. Temos o SUS, criado em 1988, pela Constituição Federal Brasileira, para atender os milhões de brasileiros. Este sistema é considerado um dos melhores modelos de atendimento do mundo, todavia o SUS não está sendo eficiente, deixando de assistir a milhares de pacientes em todo o país.
            É verdade que há regiões em que o SUS funciona de forma diferenciada, já que existem gestores competentes e gestores incompetentes espalhados mundo afora, além de verbas que são destinadas corretamente e outras que são desviadas. Em Arcos, MG, podemos ver que há agilidade em vários setores de saúde pública, há eficiência nos PFSs – Programa Saúde da Família – situados por setores ou bairros. Mas quando o assunto é marcação de cirurgias ou exames mais complexos – aqueles que não dependem da vontade política local – o caso complica. Há pedidos que se estendem por meses ou anos, mesmo quando a situação é de risco.
É preciso mudar essa realidade, já que existem milhares de pacientes em filas e muitos deles não conseguem esperar e morrem antes do atendimento. Regiões mais pobres são as que mais sofrem. O retrato da saúde brasileira é triste: corredores cheios, faltam remédios básicos, faltam leitos, faltam profissionais e condições básicas de trabalho, ou seja, falta muito para que possamos comemorar o Dia Mundial da Saúde com saúde. Há esperança de que essa realidade possa mudar, mas esperamos que mude antes que mais inocentes morram por inépcia e leniência das nossas autoridades.
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Jornada Literária 2023

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