domingo, 8 de dezembro de 2019

Massacre em Paraisópolis

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        Até quando a violência vai imperar e continuar tirando a vida dos jovens brasileiros? Em Paraisópolis, São Paulo, num fim de semana, uma ação truculenta da polícia matou 9 jovens num baile funk e vários outros sofreram golpes violentos de policiais. Há muitos vídeos circulando na internet, comprovando os fatos. O que se questiona é: esse tipo de ação militar aconteceria da mesma forma se fosse num ambiente frequentado por cidadãos com melhores condições socioeconômicas? Essa ação violenta resolve o que? E a imagem de policiais honestos e de bem, onde vai parar?
        É preciso relembrar que atitudes violentas de policiais não acontecem apenas nas favelas ou em bailes funk. É comum se ver cenas de militares batendo em ambulantes ou destruindo suas barracas, alguns agridem com socos, pontapés e até coronhadas em ações rotineiras como ocorreu numa blitz, em que dois jovens em uma  moto foram brutalmente agredidos por policiais, mesmo os meninos não tendo feito nada de errado. 
     Também não se pode esquecer os diversos massacres e tiroteios completamente insanos contra possíveis suspeitos e quando se vê, é claro, depois que já matou, famílias inteiras foram assassinadas “por engano”. Além disso, a legitimação que se dá às chacinas aumenta absurdamente os erros nas abordagens policiais e o medo continua. 
    Diante dessa situação, a polícia, que deve proteger, passa a ser vista como inimigo do pobre, do negro, do favelado, dos gays, etc.. Nesse sentido, percebe-se que tem algo de errado nisso. Por que temos tanto equívocos nas mortes dos menos favorecidos? 
      Obviamente que se deve deixar claro que há profissionais cruéis, desonestos, maus em toda e qualquer profissão, assim não se pode nunca generalizar dizendo que toda a polícia brasileira é semelhante ao bandido, temos trabalhadores que cuidam da segurança da cidade com presteza, respeito e dignidade. 
       Portanto precisa-se, urgentemente, em todo o país, rever as ações da polícia, o tipo de abordagem adotada a fim de se evitar enganos, violência e o pior, de matar gente inocente. O que aconteceu em Paraisópolis não foi um acidente, foi um genocídio. Se esses jovens estivessem numa boate cara ou numa “rave” superchique eles teriam morrido? Acho que não. Lamentavelmente, o preconceito e a intolerância generalizados são grandes motivos de tanta violência. 

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