sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Uma dose de esperança

 


        A cena que todos queriam ver ocorreu nesta semana, em São Paulo: a aplicação da vacina contra Covid 19. Trata-se de um momento histórico, e a escolhida para receber a primeira dose foi uma enfermeira, negra, que trabalha diretamente no enfrentamento do vírus. Uma dose de esperança para todos. Por outro lado, instala-se uma incerteza: tem vacina para todos?

        Certamente que sim, e é necessário que todos sejam vacinados. No entanto, é preciso compreender que o Brasil tem extensão continental, e atualmente conta com 209,5 milhões de habitantes. Isso significa que é impossível a vacinação imediata para todos. 

         Desse modo, o Ministério da Saúde, juntamente com todas as secretarias -estaduais e municipais - devem estabelecer e organizar um calendário que atenda às demandas, de acordo com as prioridades. Cabe ressaltar que ter um calendário bem feito não é o bastante se não tiver as vacinas e todos os aparatos necessários como seringas, por exemplo.

           Além disso, o país precisa intensificar o diálogo entre todos os países produtores das vacinas, e investir suficientemente naquelas produzidas aqui como a Coronavac, parceria entre o Instituto Butantan e a China; e a Oxford-AstraZeneca, da Fiocruz. Além dessas duas, outras estão prontas ou quase prontas, e vários países já estão imunizando seus habitantes. Outro detalhe importante é a fiscalização, para que os lotes vacinais cheguem realmente aonde precisam e evitem que os fura-filas entrem em ação.

        Portanto, para que todos possam ser vacinados, cabe aos governantes investirem na produção da vacina, na compra de insumos e aparatos, planejar de modo eficiente o calendário de vacinação que atenda a todos. Se isso ocorrer, estaremos próximos da retomada da economia, da reabertura das escolas e da instauração de uma nova normalidade.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Um país desgovernado

 


         Filas quilométricas de desempregados, médicos e enfermeiros estressados e decepcionados com falta de recursos, doentes morrendo por falta de oxigênio em Manaus, brasileiros à espera da vacinação, preço dos alimentos nas alturas, milhões de estudantes desorientados com o Enem.  Esse é o cenário caótico e angustiante que o brasileiro tem enfrentado por falta de liderança federal. Diante desse quadro desolador, é possível encontrar uma solução para mudar e melhorar a vida do povo no país?

        Primeiramente, não se pode defender o indefensável! O Brasil está desgovernado sim. A cada dia , o brasileiro escuta notícias ruins e nenhuma notícia de esperança por parte do seu principal líder político: o Presidente da República do país, que só joga a culpa nos outros e debocha do sofrimento do povo.

        É perceptível a falta de uma agenda governamental de ações para combater o desemprego, a fome, a falta de recursos para a saúde etc. Está claro como o Brasil está sem rumo. A pandemia, fato terrível que assolou o mundo todo, afetou, é claro. No entanto não pode servir de desculpa para o desleixo e a falta de atitude do governo federal.

        Além disso, o aumento do caos é iminente: mais de seis milhões de alunos farão o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) no momento em que os casos de Covid estão avançando. Ademais, realizar essas provas, agora, é aumentar o fosso da desigualdade no país. 

         Portanto medidas precisam ser tomadas urgentemente antes que o pior aconteça. Se o Presidente da República não tomar providências sérias e necessárias, não se sabe aonde o Brasil vai chegar. Precisamos de ações que sinalizem mudanças rápidas para melhorar a vida do brasileiro, caso contrário, o Impeachment será inevitável.


Jornada Literária 2023

  “Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos.” Cora Coralina A poesia, na educação, é um forte ...