É alarmante o fato de que boa parte da geração atual de pais não está cumprindo com uma de suas obrigações fundamentais para a saúde dos filhos: levá-los para vacinar. O resultado disso foi percebido por meio do número assustador de crianças que não foram vacinadas. Nesse sentido, deve-se analisar a situação para que, no futuro, adolescentes e adultos não sofram com doenças que podem ser evitadas com um simples ato: a vacinação.
Primeiramente, não se pode esquecer de que o Brasil é referência em Campanha de vacinação. O precursor foi o médico, bacteriologista e cientista Oswaldo Cruz, que passou por muitos conflitos na defesa de suas pesquisas e nas primeiras vacinações. Hoje, no país todo, há vacinas gratuitas e muitas doenças foram erradicadas.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2017, 312 municípios brasileiros não vacinaram nem 50% dos bebês de até um ano contra a poliomielite. Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), a recomendação é que 95% das crianças sejam vacinadas.
Vale dizer que a poliomielite, conhecida como paralisia infantil, desapareceu do Brasil e não há casos registrados há 28 anos. Isso significa que a população se esqueceu da doença, que é transmitida por vírus, e somente a vacina é capaz de impedir essa enfermidade.
E por que a cada ano o número de vacinação vem caindo? Acredita-se que essa geração, por ter sido imunizada e por não ter vivenciado o surto do pólio, tem a falsa sensação de que o risco não existe. Assim, muitos pais não se preocupam com essa obrigação e estão sendo negligentes.
Para que o pesadelo da paralisia infantil e outras doenças causadas por vírus não voltem a atormentar, é preciso combater a falta de conhecimento, o excesso de ignorância e a falta de percepção de risco. As campanhas devem ser intensificadas, o cartão de vacinação deve ser exigido e fiscalizado por órgãos competentes e pais e responsáveis devem ser penalizados caso haja negligência. Todos são responsáveis pelo futuro das crianças. A vacina é um direito delas e um dever de todos. Não podemos baixar a guarda e a população precisa colaborar com o êxito da vacinação, garantindo uma infância saudável, pois a pólio não é brincadeira.