Como a concorrência anda acirrada! Isso é tão
verdade que os bandidos estão expandido seus negócios ilícitos, tanto é que as
grandes metrópoles não são mais suficientes. Desse modo, quadrilhas
especializadas têm invadido cidades do interior em todo o país. O aumento de sequestros,
assaltos, latrocínios e tantos outros assusta a população que se vê sem
segurança. Diante desse cenário violento, o que se pode fazer para revertê-lo?
Há pouco tempo, moradores de pequenas cidades
podiam dormir de janelas abertas sem se preocuparem com os assaltos. Todo mundo
conhecia todo o mundo. Hoje a realidade é outra. Nenhum município está isento
do aumento incisivo da criminalidade. É alarmante como isso tem crescido
vertiginosamente, e os alvos da bandidagem são cidades interioranas, com poucos
habitantes e, consequentemente, com número de policiais menor. Isso significa
que o crime tem mais chance de ser bem-sucedido.
Segundo o documento O mapa da violência 2015,
o número de mortos por arma de fogo subiu de forma espantosa. E as mortes têm
cor, idade e gênero. A maioria das vítimas são negros, homens e a faixa etária
está entre 14 e 30 anos. Boa parte dos crimes têm relação direta e indireta com
o tráfico de drogas. De acordo com esse documento, a região Nordeste registrou
o maior índice de criminalidade e de mortes. Já a região Sudeste notificou uma
leve queda de homicídios. No entanto os assaltos a mão armada a residências,
transeuntes e bancos expandiu.
Nos últimos tempos, diversas cidades do
interior de Minas Gerais como Arcos, Iguatama, Pains, Bambuí e muitas outras
serviram de palco para a ação de quadrilhas especializas, organizadas e bem
armadas. Os moradores estão com pânico, já que estão se vendo cercados pela
violência. Hoje quem está preso é o povo, cercado de muros altos, grades
eletrificadas e câmeras de segurança. Mas e aqueles que não têm condições de se
protegerem? Na verdade estão à mercê dos bandidos. Nem a polícia está equipada
como os criminosos. Estes têm carros potentes e armas poderosíssimas, aqueles
veiculam com carros que não atendem à realidade e armas aquém de suas
necessidades. Sem contar com os baixos salários e com a falta de reconhecimento
pelos seus serviços prestados à comunidade.
O Papa João Paulo II afirmou que o diálogo
com base em leis morais sólidas facilita a resolução de conflitos e promove o
respeito pela vida, de cada vida humana. Portanto, para o saudoso pontífice, é
preciso resolver as disputas urgentemente para combater a violência. Podemos
perceber, também, que a criminalidade tem crescido de modo igual à falta de amor
à vida e de respeito humano. E enquanto não tivermos um exemplo de que as
consequências pelo crime, de fato, ocorrem, conviveremos com o avanço
deliberado da violência e da criminalidade. A educação é a arma para mudar,
reverter essa realidade, disse há muito tempo Nelson Mandela. Continuar do
jeito que está é uma derrota da razão e da humanidade.
Fonte da imagem: https://www.google.pt/www.tvverdescampossat.com/noticia/assalto-a-banco. |