sábado, 17 de março de 2018

O atual  governo quer que todos acreditem que a reforma previdenciária seja a melhor alternativa para resolver os problemas socioeconômicos do país. É um absurdo o que estão fazendo com o povo, tudo de ruim que esses governantes vêm fazendo afeta diretamente a população como se esta fosse a culpada por tamanha deslealdade e desonestidade dessa classe política, salvo pouquíssimas exceções.
A Reforma da previdência tem como fundamento aumentar a idade mínima da aposentadoria dos brasileiros, ferindo os direitos adquiridos e a alegação é de que não tem recursos financeiros para continuar pagando aos futuros aposentados. Se há um rombo no sistema, se o dinheiro não é suficiente, se os investimentos na área da saúde, educação, segurança pública e outros tão importantes como esses foram congelados por 20 anos, isso mesmo, 20 anos, por que não mexer nos salários dos nossos excelentíssimos representantes? Por que não cortam despesas, diminuem o número de assessores, de benefícios e de gastos com diárias e viagens? 
O que estamos vendo é um discurso falso, autoritário e infeliz que diminui as chances de mudar a realidade brasileira, diminui a esperança, as oportunidades, e dilacera a democracia, engessa as possibilidades de crescimento e retrai o desejo do eleitor em participar do processo político e eleitoral. 
Este último está cada vez mais evidente, já que nota-se, com clareza, a descrença em votar nas próximas eleições. E  o que é mais interessante e, ao mesmo tempo cruel
, é afirmar que tudo é culpa do eleitor, que o brasileiro não sabe votar. Ledo engano. Quantos eleitores estão convictos de que estão fazendo a melhor escolha e, depois de eleitos, a decepção com o candidato é imediata? E tamanha decepção é geral, vai de "mamando a caducando".
É a sociedade que paga pela ausência de investimento, de educação, são as famílias que pagam caro pela falta de respeito e de infraestrutura, são os jovens que pagam pela omissão do estado que se recusa a escutar a voz de quem precisa de educação, de oportunidades, de lazer, de cultura, de saúde, de esporte, e de tudo o mais que é de direito.
Diante disso, é preciso, urgentemente, que haja um movimento social intenso, em busca da garantia dos direitos adquiridos e que impeça essa reforma previdenciária, bem como todas as ações autoritárias e de fins eleitoreiros, tanto no âmbito nacional quanto municipal. É preciso dar um basta. Se existe rombo, não se devem tirar do povo, que já tem muito pouco. No Brasil, o trabalhador está sendo o culpado, mas é a gestão incompetente e desumana que se alastra por anos, por todos os partidos políticos, que se mantiveram no poder até hoje o verdadeiro culpado. O povo não dá conta mais de arcar com erros e abusos de pessoas que desejam o poder acima de tudo e se esquecem das necessidades inerentes ao homem.
Não se pode aceitar que o brasileiro, tão massacrado e humilhado por políticos corruptos e outros coniventes com essas ações, pague, mais uma vez, pelos erros, propinas e roubos dos seus governantes e de empresários infiltrados no poder. Cadê o panelaço, as manifestações e as camisas amarelinhas? O povo não pode mais pagar essa conta. Basta. Chega. 

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Rosana Cristina Ferreira Silva

Professora e escritora

"O pôr-do-sol fecha as asinhas no ar
no horário combinado com a lua,
abrindo espaço para a dama da noite brilhar".

Brasil: um faroeste sem fim


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Fonte da imagem: http://deolhoemcanes.blogspot.com/2015/12/violencia-no-brasil




É lamentável constatar o aumento da violência nos quatro cantos do país. Roubos, sequestros, bala perdida, assassinatos e muitos outros atos derivados do crime organizado, da omissão dos poderes públicos vigentes e da crise financeira. 
O Brasil está de pernas para o ar, desgovernado, perdeu as rédeas e está ingovernável. Essa situação provoca mais ainda os atos cruéis e aumenta o número de mortes, além de intensificar a insegurança cotidianamente. 
O Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa, já perdeu seu brilho faz tempo. De maravilhosa não temi nada. O cenário é de guerra civil, principalmente após a intervenção militar, que foi necessária devido ao elevado índice de criminalidade no Estado. Segundo o ISP - Instituto de Segurança Pública - em 2015 foram registrados 4.200 homicídios dolosos (quando há a intenção de matar) e em 2017 foram 5.332, com aumento de 5,8% em um ano e os números não param de crescer, infelizmente.
Não se pode tratar as mortes como índices, são milhares de pessoas que perdem a vida, esta não tem valor para os bandidos. Mata-se por um celular, por uma nota e, muitas vezes, por nada. Mas também mata-se por vingança, por encomenda.
Nesta semana, a morte da vereadora e ativista Marielle Franco provocou uma comoção geral. E por que isso aconteceu? Terá a vida dela mais valor que de outra vítima da violência? 
Não. A questão é que essa mulher não lutava por ela, mas por muitos. E outra preocupação: vão calar as vozes de quem luta pelos direitos humanos? Vão assassinar aqueles que exigem melhorias, igualdade, direitos? A comoção existe por que em meio a tantas mulheres que lutam dia a dia por diversas causas, a da Marielle se destacou.
A situação de descontrole e de violência está, gradativamente, mais assustadora. A solução não é imediata, nem tampouco explícita. É preciso que se tomem as rédeas do país ou seremos massacrados pela violência. Muitos já foram, já perderam suas vidas, já pagaram caro demais. Os três Poderes precisam se unir em prol da sociedade e encontrar uma saída para vencer essa criminalidade antes que o Brasil se torne um faroeste sem fim.

Jornada Literária 2023

  “Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos.” Cora Coralina A poesia, na educação, é um forte ...