É perceptível a valorização diferenciada que algumas profissões têm em comparação a outras. Juízes, advogados, médicos e engenheiros são exemplos de trabalhadores com prestígio social e remuneração invejável. No entanto há outras profissões que não são valorizadas, mesmo exercendo papéis essenciais à sociedade como garis, trabalhadores domésticos e professores. Tal cenário é propício à segregação, ao preconceito e à desigualdade social entre as classes.
Nessa
perspectiva, Émille Durkheim afirmou que as relações entre os sujeitos são
fundamentadas na divisão social do trabalho. Tal conceito foi construído ao
longo das transformações ocorridas na Revolução Industrial e pela dominação da
burguesia, entre os séculos XVIII e XIX. Karl Marx usou o trabalho para fundar
a doutrina socialista, com a finalidade de erradicar as desigualdades .
Entretanto isso não ocorreu de fato, já que ainda hoje há discriminação de
funções no mercado de trabalho.
Cabe
ressaltar que essa diferenciação, fruto do capitalismo, é aguçada porque
existem cargos que geram elevado lucro financeiro, ganhando status e prestígio
social. Como consequência, outras áreas são desvalorizadas por diversos
motivos. No Brasil, pode-se dizer que os professores e profissionais da enfermagem
fazem parte desse grupo de trabalhadores que prestam importante serviço à
sociedade, todavia não tem valorização social muito menos reconhecimento
financeiro compatíveis com a profissão. Em outras nações, os professores são
altamente reconhecidos.
A
divergência entre as profissões pode ser notada facilmente entre os jovens que
são levados a optarem por cursos mais valorizados como medicina, por exemplo.
Ainda, Segundo pesquisas, vai faltar professor, pois é mínima a parcela de
jovens que desejam sê-lo. A própria sociedade contribui com essa cultura de
discriminação e desvalorização.
Diante
disso, é preciso criar uma cultura de respeito, humanização e valorização de
todas as profissões, uma vez que cada uma delas contribui, de alguma forma, com
a construção da cidadania e com as necessidades inerentes à sobrevivência do
homem. De fato, a mudança de comportamento da sociedade, frente às diferentes
ocupações, é fundamental para promover o reconhecimento e a valorização de cada
profissão, bem como sua função social, de modo a diminuir e desigualdade entre
os trabalhadores, pois todos têm sua importância.