sexta-feira, 8 de abril de 2016

E a saúde, vai bem?





            Nesta semana, 7 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Saúde, que foi criado pela OMS – Organização Mundial da Saúde - em 1950, na sua primeira Assembleia. Esse dia evoca o esforço da organização a fim de chamar a atenção global de tudo o que envolve a saúde. Nesse quesito, no Brasil, houve alguns avanços, mas ainda há muito que desenvolver principalmente agora em que o país se vê dominado pelo mosquito Aedes aegypti, falta de investimento no SUS - Sistema Único de Saúde - e em programas assistenciais à saúde. Desse modo, o que temos para comemorar?
            Todos sabem que é dever do Estado, por meio da nossa constituição, o direito à saúde. Isso faz parte de um conjunto de direitos chamados de direitos sociais, que têm como principal filosofia o valor da igualdade entre todos. Muitos não sabem, mas cada um deve ter acesso a ações e serviços necessários para a promoção, a proteção e a recuperação da sua saúde, como: gratuidade de medicamentos necessários; atendimento ambulatorial; facilidade na marcação de consultas e exames; internação hospitalar, sempre que necessário; em caso de risco de morte ou lesão grave, ter direito a transporte e atendimento adequado em qualquer estabelecimento de saúde capacitado, independentemente de recursos financeiros; direito a atendimento respeitoso e com a devida atenção, em local e ambiente digno, limpo, seguro e adequado.
            No entanto a realidade nem sempre é essa. Infelizmente, a nossa federação não atende à população conforme os preceitos legais, deixando de oferecer recursos imprescindíveis à saúde. Temos o SUS, criado em 1988, pela Constituição Federal Brasileira, para atender os milhões de brasileiros. Este sistema é considerado um dos melhores modelos de atendimento do mundo, todavia o SUS não está sendo eficiente, deixando de assistir a milhares de pacientes em todo o país.
            É verdade que há regiões em que o SUS funciona de forma diferenciada, já que existem gestores competentes e gestores incompetentes espalhados mundo afora, além de verbas que são destinadas corretamente e outras que são desviadas. Em Arcos, MG, podemos ver que há agilidade em vários setores de saúde pública, há eficiência nos PFSs – Programa Saúde da Família – situados por setores ou bairros. Mas quando o assunto é marcação de cirurgias ou exames mais complexos – aqueles que não dependem da vontade política local – o caso complica. Há pedidos que se estendem por meses ou anos, mesmo quando a situação é de risco.
É preciso mudar essa realidade, já que existem milhares de pacientes em filas e muitos deles não conseguem esperar e morrem antes do atendimento. Regiões mais pobres são as que mais sofrem. O retrato da saúde brasileira é triste: corredores cheios, faltam remédios básicos, faltam leitos, faltam profissionais e condições básicas de trabalho, ou seja, falta muito para que possamos comemorar o Dia Mundial da Saúde com saúde. Há esperança de que essa realidade possa mudar, mas esperamos que mude antes que mais inocentes morram por inépcia e leniência das nossas autoridades.
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