sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Natal mais modesto



Muitos presentes, mesa farta com os mais variados pratos típicos do Natal, festas nas empresas, amigo oculto, enfeites, luzes e muito brilho. Esse é o retrato que muitos conhecem das festas de Natal e Ano Novo. Mas o que se espera para este ano é uma comemoração mais modesta e retraída. A crise econômica pela qual o país passa não poupou nem as vagas de Papai Noel.
A crise que se arrasta teve forte influência da inflação que passou de 10% ao ano, número recorde, alta do dólar e avanço do fantasma do desemprego (como era conhecido nos idos dos anos 80). Pode-se dizer que esses são os principais fatores que apontam que os brasileiros terão um Natal mais magro em 2015.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC - os segmentos do varejo como lojas, shoppings e o comércio eletrônico sofrerão graves impactos. Acredita-se que o varejo poderá ter suas vendas 4,1% menores que as de 2014, ou seja, é a primeira retração deste segmento desde 2004. Com medo do que está por vir, a população está temendo novas dívidas, então vai comprar menos ou vai ficar mais atenta nas compras, comparando produtos com preços menores e mais atrativos. Daí a importância de os empresários colocarem em prática a sua criatividade para atrair clientes, oferecendo condições que cabem no bolso de cada um.
É possível ter um natal modesto, mas cheio de alegria e festividade. Trocar os presentes mais caros pelos mais baratos e combinar com os familiares o preço dos presentes de amigo oculto é uma excelente opção, já que hoje há uma infinidade de produtos que cabem no bolso de qualquer consumidor. Também é hora de entrar em cena as famosas lembrancinhas. Além disso, trocar pratos mais caros por outros mais acessíveis não deixará a mesa menos farta e menos saborosa. Tudo é uma questão de bom gosto e bom senso.
E embora o Brasil esteja passando por uma situação econômica bem crítica, deve-se lembrar de que isso não pode e não deve afetar o espírito natalino. Afinal de contas, o que mais vale neste período é o estado de espírito, é lembrar-se do mais importante, ou melhor, de quem é mais importante e, segundo a crença cristã, é tempo de festejar o nascimento do Menino Jesus. O Papai Noel pode até estar mais magrinho este ano, o que não pode acontecer é o fator econômico derrotar a alegria, a paz e o sentimento de união e esperança que o Natal renova a cada ano.



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