quinta-feira, 6 de abril de 2017

O avanço da violência: aonde vamos chegar?



Segundo dados do UNICEF (Fundação das Nações Unidas para a Infância) os índices de crianças e adolescentes assassinados ou que sofreram algum tipo de violência aumentaram significativamente no país e no mundo. Casos como bala perdida, violência sexual, agressão física e verbal, além de guerras civis são motivos dessa brutalidade. A criança se tornou refém do medo e dos maus tratos. Essa situação é inaceitável, e medidas devem ser tomadas urgentemente.
De acordo com o UNICEF, as estatísticas apresentam uma situação desoladora em relação à violência. Os dados indicam que em média 129 casos de violência psicológica e física, incluindo a sexual, e negligência ocorrem a cada dia. Somente nesses últimos dias, o mundo todo ficou perplexo ao ver tanta barbárie, devastando comunidades inteiras, destruindo vidas diariamente. No Brasil, todos os dias, crianças e adolescentes são vítimas de balas perdidas, perdidas mesmo, pois nunca se descobre de quem partiu o disparo letal. Rio de Janeiro, a “cidade maravilhosa” é o maior palco dessa crueldade contra o cidadão, contra os pequenos.
As últimas vítimas desse crime bárbaro nem sequer imaginavam que poderiam ser atingidas, já que uma delas, de apenas 13 anos de idade, estava dentro da escola, num lugar sagrado, que jamais deveria servir de cenas violentas; a outra, um adulto, estava pregando, estava com a Bíblia, orando com seus amigos. Ou seja, não estavam em “locais perigosos, rastreados pelas polícias”. Ali se encerraram sonhos, enterraram-se esperanças.
Outro cruel dado é o número de crianças mortas na Síria, que tem batido recorde de mortes. Só nesta semana, com o ataque impiedoso por armas químicas, quase 100 civis perderam a vida, entre eles, mais de 30 crianças. O ataque pôde ser acompanhado ao vivo pelas redes sociais, qualquer um podia ver a cena de crianças e jovens agonizando, morrendo aos poucos, asfixiados pelo gás venenoso. A ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou que a infância está condenada pelo conflito sírio que vai completar seis anos. Mais de 1000 crianças foram mortas desde o início desse martírio em 2011, e não somente pelos bombardeios, mas também em decorrência de doenças evitáveis, pois é difícil o acesso de médicos na região.
John Donne, poeta inglês, disse: "Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade", assim, não se pode perder o assombro diante de cenas cruéis como essas que estão acontecendo com as crianças de todo o mundo. O terrorismo não está acontecendo apenas na Síria, mas é uma realidade para quem vive em grandes cidades no Brasil. É preciso que as autoridades de todas as nações ajam em prol do seu povo, levando a paz a todo o canto; para isso, acordos precisam ser feitos, ações concretas devem ser realizadas antes que mais vidas sejam ceifadas devido a tanta omissão: maior causa da violência no mundo.






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