sexta-feira, 17 de junho de 2022

Greve dos professores

     





 Quando a Educação de um país é abandonada, não precisa ficar esperando bons resultados do seu desenvolvimento e em todos e quaisquer âmbitos. Sam Nujoma, grande líder africano, que lutou contra o Apartheid, afirmou: “A educação deve ser prioridade acima de todas as prioridades”, e usou essa máxima como meio para mudar a sua nação. Os líderes brasileiros deveriam pensar assim.            

 O conceito da prioridade da educação deve ser colocado em prática pelos governantes brasileiros, especialmente, excelentíssimo governador de Minas Gerais. O Estado paga um dos piores salários aos profissionais da educação (abaixo do piso nacional) e não tem diálogo com os mesmos. Usa o discurso de salário em dia como seu trunfo, como se pagar em dia o funcionário fosse favor. Isso é obrigação, assim como toda empresa precisa pagar em dia.  A greve é o último recurso a ser usado, é uma ação extrema e empregada quando todos os meios foram utilizados e não obtiveram êxito.

 Portanto a greve dos professores é legítima e deve ter apoio da sociedade. De nada vale o discurso “o professor forma todas as profissões”, “ tem que valorizar o professor “, “aplaudam um professor”, se na prática essa valorização não existe. A educação é a base para o progresso, cidadania, liberdade, igualdade e, sobretudo, para a evolução do ser humano. Assim, a valorização para quem faz a educação é urgente. “Sou professor por amor” sim, mas amor não paga conta, não paga cursos de especialização e mestrado, ou seja, é preciso, urgentemente, atualizar o salário desse profissional, cuja defasagem é vergonhosa e humilhante.             

Os servidores da educação têm respaldo constitucional para continuar a greve e só retornarão às atividades após Acordo. Se perguntarem aos jovens estudantes se querem ser professor, a resposta é assustadora. Ninguém quer esse ofício e um dos principais motivos é a questão financeira, seguido de conflitos e violência escolar. Se não houver uma mudança agora, a extinção desse profissional é iminente.            

Em suma, é preciso que as autoridades valorizem (em todos os sentidos) quem forma o policial, o juiz, o médico, o enfermeiro, o engenheiro, o vendedor e todos os demais profissionais. É necessário investir na educação e nos docentes, pagando um salário digno e respeitoso. Deve-se priorizar e valorizar, porque a educação “é a arma mais poderosa para mudar o mundo”, Nelson Mandela.

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