Em meio a
tantas sensações e sentimentos humanos, a felicidade se destaca, uma vez que
esta é o desejo de toda criatura dotada de inteligência e razão. No entanto,
num momento em que a depressão e os casos de suicídio têm aumentado,
sempre há quem se pergunta: o que é felicidade?
Em toda a
história da humanidade, filósofos e grandes líderes procuraram definir o
significado de felicidade e, em cada época, vários conceitos são aceitos ou
refutados. No senso comum, felicidade é ter saúde, dinheiro, família unida,
beleza entre outros. Mas ter saúde pode ser motivo de felicidade para uns e
para outros não; ter dinheiro em abundância também não representa o verdadeiro
conceito, haja vista a quantidade de ricos de dinheiro e pobres desse sentimento
Vale
dizer que muitos discutiram a essência da felicidade: Tales de Mileto (século 7
a.C.) afirmou que é feliz “quem tem corpo são e forte, boa sorte e alma bem
formada”; Epicuro (século 3 a.C.) disse que o prazer era essencial à
felicidade; Sócrates considerou que a felicidade era o bem da alma que se
alcança através de uma conduta virtuosa e justa; para Espinoza está nas coisas
transcendentes, ou seja, em Deus; para outros é alcançar um objetivo; ou ainda
pode ser encontrada na superação depois de se ter experimentado uma profunda
tristeza.
O
autor Augusto Cury mostrou em um de seus livros como o grande mestre de todos
os tempos, Jesus Cristo, em seus ensinamentos, explicou, por meio de palavras e
de ações, os dois tipos de felicidade: a inteligente e a desinteligente.
A primeira é renovável, cultivada, resiliente, gerencia as emoções, é paciente,
é doadora, contemplativa e respeita as diferenças. Enquanto a felicidade
desinteligente é insustentável, passa rápido, é desleixada, se deixa levar
pelas crises e frustrações, é intolerante e impulsiva, é consumista, não se
doa, cobra muito, é neurótica para mudar o outro, pressiona e humilha.
Portanto cabe a cada um perceber que a felicidade, assim como a tristeza,
não é um sentimento linear e eterno. Então é preciso encontrar a felicidade
inteligente, enxergar que ser feliz não é ter uma vida perfeita e sem erros,
mas, sim, uma vida com erros que sirvam de experiência para gerenciar as
emoções para superar os tropeços ao longo da vida. Assim, quanto mais nos
aproximamos do altruísmo e do equilíbrio, mais chegamos perto desse sentimento
tão necessário e tão almejado na atualidade.
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