É impressionante o
avanço dos boatos falsos que circulam nas redes sociais no país. Em outras
épocas, isso ocorria por meio de revistas de fofoca e era percebido
principalmente no meio artístico. Hoje, no entanto, a especulação virou uma
febre, espalha-se velozmente com a internet e já chega ao judiciário. Dessa
forma, é preciso encontrar meios para lidar com essa realidade, a fim de evitar
seus impactos negativos, que podem ser irreversíveis.
No início da semana, o
país ficou chocado com as denúncias feitas por uma mulher que relatou ter
sofrido racismo numa parada de ônibus, em Minas Gerais. Porém, até o momento,
não há provas de que isso tenha ocorrido. Isso significa que pode ser uma falsa
notícia. Outro caso foi de um casal acusado injustamente de sequestro e teve
sua vida transformada bruscamente, já que marido e mulher não saem mais de
casa, pois tiveram suas fotos espalhadas e, até hoje, sofrem com ameaças
gravíssimas.
É relevante dizer que o
mais sério dos boatos é a constatação da farsa. Esta só ocorre depois de as
notícias fantasiosas terem se espalhado. Nesse ínterim, milhares de
compartilhamentos, emissão de opiniões equivocadas e pré- julgamentos já foram
feitos. O resultado dessas atitudes é imensurável.
O Google lançou, no
Brasil, uma iniciativa contra notícias falsas, criando um selo de checagem de
fatos. O recurso se chama Google Notícias e ajuda a identificar reportagens
verdadeiras. O Judiciário também tem feito sua parte na punição de sites que
têm o propósito de mentir para simplesmente se promoverem às custas de suas
vítimas. O cantor Gilberto Gil foi vítima e entrou com uma ação judicial contra
o site. O que não falta, também, são notícias de morte de famosos. Sílvio Santos
já morreu inúmeras vezes, ainda bem que ele está bem vivo.
Cabe ao cidadão,
principalmente ao usuário das redes sociais, tomar cuidado para não cair nos
boatos da internet na era da informação. Para isso, é preciso checar as fontes,
verificar se é uma página oficial, caso não seja, é um indício de farsa. Se a
notícia for absurda, não vale confiar. Além disso, há notícias que são
verdadeiras, mas estão distorcidas e desatualizadas. Então o melhor é ter bom
senso, ler o texto na íntegra e denunciar os abusos. Na dúvida, não se deve
compartilhar notícias que podem, num instante, destruir a imagem e até a vida
de alguém. Só assim, consegue-se romper com o círculo antiético da pás falsas
notícias.
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