quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Violência na política

 




Não há como negar a importância da participação política na vida dos brasileiros. Entretanto percebe-se que isso tem sofrido com o agravamento da violência política, por meio dos constantes atos como ameaças, xingamentos, preconceitos, violências física, verbal e psicológica e, o pior, mortes. Assim, é preciso repensar tais conflitos e propor possíveis caminhos para combater a violência política no Brasil, garantindo o direito de expressar suas ideias livremente, já que a liberdade de expressão é um direito fundamental garantido na Constituição Federal de 1988, no seu artigo 220.

De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a violência política tem aparecido de diversas formas, algumas explícitas, outras às escondidas. Mas por que tanta violência? Na maioria das situações, a finalidade é deslegitimar, causar ruínas e contendas, obtendo a violação dos direitos políticos e o alicerce da democracia.
Segundo o Relatório Violência Política e Eleitoral no Brasil (2020), a violência digital e o discurso agressivo e discriminatório nas campanhas eleitorais, tanto de políticos quanto de cidadãos comuns aumentaram significativamente, usando fakenews, discurso e incitação de ódio.

Consequentemente, surge um cenário de medo e de intimidação do eleitorado e de candidatas e candidatos na política. Isso é um absurdo. Vários homicídios bárbaros foram cometidos por eleitores intolerantes aos ideais contrários aos seus. Chegou-se a um ponto de diversos eleitores, principalmente do Candidato Lula, terem medo de expor sua opinião. Nordestinos vêm sofrendo atos discriminatórios tão irracionais que parecem ficção. Até entre amigos e familiares a intolerância está visível e crescente. Isso é inaceitável.

Conforme a Anistia Internacional Brasil ((TSE), ocorreram muitas violações de direitos humanos antes e depois do resultado do 1º turno das eleições. Tamanha agressividade gera um ambiente hostil e reforça a exclusão de grupos sociais: mulheres, pessoas LGBTQIAP+, indígenas, afrodescendentes, quilombolas e pessoas mais pobres.

Portanto é preciso dar um basta nessa violência política. Para isso, cabe aos Ministérios da Justiça e de Segurança Pública ampliarem o debate sobre o tema, endurecer as leis de combate a essas condutas, assim como fiscalizar e punir quem comete esse tipo de crime. Conforme disse Stuart Mill, “ podemos fazer o que quisermos, desde que não cause danos aos outros”. Deve-se aprender a respeitar às opiniões alheias e deixar de cometer essas atitudes ridículas que são um desserviço para a sociedade brasileira.

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