terça-feira, 14 de março de 2017

O país ficou mudo com a reforma da Previdência?

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Fonte da imagem: http://rocacontabil.com.br/proposta-da-reforma-da-previdencia-social/
O discurso do atual governo é que a reforma previdenciária deve ocorrer já, ou seja, deve-se aumentar a idade mínima da aposentadoria dos brasileiros, sem levar em conta os direitos adquiridos com luta pelas gerações passadas. A desculpa é de que há um rombo no sistema, e que a reforma tem de ser feita urgentemente para garantir a seguridade às futuras gerações.
No entanto esse discurso é falso, autoritário e distante da realidade brasileira, já que a expectativa de vida dessa nação, estimada em 75 anos, não corresponde à verdadeira população, pobre e oprimida, escondida pela mídia. Além disso, o rombo que existe não é causado pelo povo que recebe uma aposentadoria vergonhosa, mas, sim, pelo assustador desvio do erário, o que compromete qualquer conta pública de qualquer país, seja ele qual for.
De acordo com a Constituição Federal, no artigo 194: “a Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”, e é formada pela Previdência Social, Saúde Pública e Assistência Social. Neste sentido, insere-se o órgão responsável pelo pagamento das aposentadorias, pensões, auxílios e outros benefícios. E, segundo pesquisas da ANFIP (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal), este sistema recebe mais do que gasta, isto é, a Seguridade Social goza de superávit, segundo as pesquisas feitas até 2014.
Sendo assim, a reforma da Previdência Social, foco do governo de Michel Temer, estabelece uma idade mínima para todos os trabalhadores com até 50 anos. O limite provável é de 65 anos para homens e mulheres. Além disso, a aposentadoria de 65 anos para as mulheres desconsidera que, além de trabalhar, as mulheres cuidam dos filhos, da casa, estudam para manter seus empregos ou por melhores salários para contribuírem com as despesas da casa, isso quando não são elas as provedoras de seus lares.
Diante disso, é preciso, urgentemente, que haja um movimento social, de toda a sociedade brasileira, em busca da garantia dos direitos adquiridos e que impeça essa reforma previdenciária. Além disso, o rombo, no Brasil, não se deve ao trabalhador, mas à gestão incompetente e desumana que se alastra por anos, por todos os partidos políticos, que se mantiveram no poder até hoje.
Não se pode aceitar que o povo brasileiro, tão massacrado e humilhado por políticos corruptos, pague, mais uma vez, pelos erros, propinas e roubos astronômicos dos seus governantes e de empresários infiltrados no poder. É preciso dar um basta e não aceitar mais esse golpe no trabalhador. Cadê o panelaço? Cadê as manifestações? Por onde andam as camisas amarelinhas? Não podemos nos calar ou morreremos sem nunca chegar perto da tão sonhada aposentadoria.


Texto publicado no Jornal da Cidade de Arcos - MG, em 19/2/2017
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Fonte da imagem: http://justificando.cartacapital.com.br/2017/03/08/reforma-da-previdencia-prejudica-mais-as-mulheres-e-beneficia-os-bancos/

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