De acordo com o artigo 3º
da Declaração dos Direitos Humanos, todos têm direito à vida, à liberdade e à
segurança. E no que se refere à liberdade de expressão, é preciso compreender
que todo direito tem em si alguma limitação. Diante desse mundo globalizado,
tomado pelas redes sociais, e da diversidade de ideias, crenças e ideologias,
como conciliar a ordem social e o respeito com a liberdade de expressão, seja
religiosa ou ideológica?
As religiões com suas
regras e fiéis se transformam em uma rede que interliga indivíduos de todo o
mundo e muitos defendem e lutam por sua crença. Alguns casos são extremos e
incitam o ódio e o preconceito, por meio de terrorismo como acontece com
seguidores do islamismo. Na região do oriente médio, por exemplo, essa
situação é visível. Muçulmanos extremistas, os chamados jihadistas, matam quem
não compartilha a mesma religião com eles e morrem em honra de Alá.
A violência não é e nunca
foi a melhor maneira de se resolver os conflitos. Caos e desrespeito não contribuem
com a boa convivência nem com a ordem social. O ser humano é um ser social e
tem o direito de se expressar e dar opinião acerca do mundo que o rodeia. Porém
ele também temos o dever de contribuir com a manutenção da civilidade e
precisa respeitar os outros, ideias e crenças alheias.
Respeito significa
que a minha liberdade termina quando a do outro começa, e isso não diminui o
ser em nada, ao contrário; mostra que quem respeita se conhece e sabe se
colocar no lugar do outro, quem respeita tem princípios éticos e valores
sólidos construídos ao longo da vida.
É preciso entender que
estamos inseridos em uma sociedade que precisa de regras de civilidade e de
respeito, necessárias para a harmonia social. A liberdade de expressão deve ser
preservada, mas o respeito à diversidade cultural, religiosa, sexual, política,
social deve existir sempre.
(Texto publicado no JC em 28/01/2017).
Nenhum comentário:
Postar um comentário