Devido à correria do cotidiano, estresse, trânsito
caótico, isolamento social entre outros têm provocado estranhamento,
intolerância, indiferença e apatia nas relações interpessoais. Nada disso pode
servir de desculpa para muita gente sem educação. Esse fenômeno é amplamente
perceptível, já que a sociedade contemporânea, de modo geral, tem ficado mais
intolerante e menos gentil com o próximo. Desse modo, cabe a seguinte reflexão:
há espaço para a gentileza, empatia e caridade nesse contexto tão conturbado em
que vivemos?
Thomas Hobbes afirmou que o homem é o lobo do
homem. Tal máxima nunca foi tão verdadeira, uma vez que o ser humano tem,
gradativamente, atacado seus semelhantes de forma agressiva e indelicada, isso
sem contar com a violência física. São variados contextos em que a incivilidade
se manifesta que vai desde uma simples falta de educação a xingamentos
degradantes. Com as redes sociais, o ódio e o preconceito tomam conta e isso é
inaceitável.
Exemplos de falta de gentileza, infelizmente,
não faltam. É comum presenciar atos de hostilidade e até de ódio nos serviços
públicos, tanto de atendentes quanto dos usuários; entre motoristas e pedestres;
nas escolas, em hospitais, e principalmente, nas redes sociais. Em síntese, a falta
de elegância no tratamento para com o outro está escassa, abrindo espaço para a
grosseria, a falta de paciência, intolerância e egocentrismo. Esses sentimentos
devem ser coibidos, abrindo espaço para a empatia, a solidariedade, o respeito,
a caridade e o afeto.
Para Nelson Mandela, só a educação é a
ferramenta capaz de transformar as pessoas. Portanto estamos precisando é de
mais educação, mas uma educação verdadeira, que deve ser aplicada 24 horas por
dia em todos os contextos. Ser incivilizado e mal-educado não dignifica ninguém
e não contribui com nada. Ser gentil,
educado, dar “bom dia”, dizer “muito obrigado”, “por gentileza” são atitudes
que não custam nada e são geradas de um convívio harmonioso e pacífico. É
necessário repensar nossas ações, e tratarmos o outro como desejamos ser
tratados. Assim, a troca de papel, ficando no lugar do outro é um bom começo
para que a gentileza e a educação e tantos outros sentimentos bons ocupem o
espaço necessário de que tanto precisamos.
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