Enquanto os olhares do povo brasileiro estão voltados para os
possíveis presidenciáveis, e a camada política está preocupada com o seu
próprio umbigo, aos poucos, a Amazônia vai pro ralo, ou melhor, vai para os
grandes madeireiros do Brasil, Estados Unidos e Europa. Além disso, uma a uma,
as árvores estão sendo dizimadas pelo resto do país.
Segundo a Polícia Federal, um esquema para exportar madeira
ilegal da Amazônia, em grande escala, foi desmantelado. O fluxo de transporte
clandestino de madeira talada ilegalmente na floresta amazônica e destinada a
grandes comerciantes madeireiros foi interrompido. Mas quantos sistemas de
exploração e exportação de madeira são executados?
Existem progressos significativos contra o desmatamento da
Amazônia, no entanto ainda não foram suficientes para barrar a desertificação
do Pulmão do Planeta. O desmatamento se acelerou nos últimos anos no Brasil,
aumentando 24% em 2015 e 29% em 2016, de acordo com dados oficiais de
observação por satélite. Porém essas informações nem sempre chegam ao povo e
são, muitas vezes, mostradas ao contrário, já que o discurso político é que o
desmatamento está diminuindo, o que não é verdade.
Cabe ressaltar que o impasse do desmatamento não se restringe apenas
à Amazônia, já que isso ocorre em todo o país. Nas cidades, a abertura
descontrolada de loteamentos está acelerando a desertificação. O espaço que era
apenas verde, transforma-se num emaranhado de lotes e ruas, afugentando a fauna
local. Assim está cada vez mais comum encontrar tamanduás, cobras e outras
espécies nos centros urbanos à procura de abrigo e comida.
Além disso, a falta de arborização das cidades é assustadora: a
cada prédio levantado, árvores são derrubadas, com a desculpa de que são velhas
e atrapalham a construção, e nenhuma outra é colocada no lugar. Há cidades que
são exemplos, que tratam a natureza como parte essencial do desenvolvimento
humano, por isso possuem ruas arborizadas, preservam os bosques e parques
naturais, além, é claro, de apresentarem um cenário bonito, bem cuidado, que
contribui com a qualidade de vida. No Paraná, há o maior número de cidades
arborizadas do Brasil.
Portanto é preciso cuidar mais do meio ambiente, da floresta
amazônica, das reservas espalhadas pelo país, dos parques da cidade. Para
tanto, devem-se criar mais planos de sustentabilidade, implantar políticas
públicas de preservação e fiscalização da Amazônia e ações que viabilizem a
arborização das cidades urgentemente. Caso contrário, vamos sofrer com as consequências
dessa desertificação, mais do que já estamos. Ou cuidamos agora, ou a árvore
será artigo de museu. Vamos esperar isso acontecer?
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