Uma
pesquisa feita recentemente sobre os jovens brasileiros, que nasceram cercados
por internet e conectados o tempo inteiro, cresceram e não têm muitas
perspectivas. Hoje eles têm entre 18 e 34 anos e são o futuro do Brasil, mesmo
estando descrentes com o país onde vivem.
Essa é a Geração Y, geração que tem mais acesso
à informação e à tecnologia. No entanto é a mais sem expectativas de um futuro
promissor. Até parece ironia, quando, na verdade, esperava-se ao contrário
dessa juventude.
A geração atual é formada por jovens de todos
os tipos, desde os mais politizados aos mais desinformados. Mas quando o
assunto é política, a própria pesquisa revela a descrença dos indivíduos dessa
faixa etária e a desilusão é geral, que vai desde o mais preocupado até os mais
alienados.
A bandidagem, a falta de moral e a falta de
brio da maioria dos políticos brasileiros estão tão desmascaradas e
escancaradas que causam uma desilusão em série. Como acreditar no futuro, num
mundo melhor, com representantes mentirosos, corruptos, egoístas e avarentos
como as excelências do nosso país? É um absurdo afirmar que o que atrapalha o
crescimento da nossa nação são nossos políticos que estão cada vez mais
egoístas e politiqueiros. São estes que empeçam o Brasil de avançar.
Além da situação caótica na política, ainda
vemos um fato quase pior: a omissão da maioria de nossos jovens diante de casos
berrantes no país. Cadê o panelaço diante dos aumentos abusivos da gasolina e
do diesel? Cadê os caras pintadas diante dos desmandos de um presidente que
compra à luz do dia os votos e ameaça com retaliação a quem não lhe obedece?
O silêncio, a omissão e o ”lavo as minhas mãos”
é tão pior do que a ação de quem faz o mal. E o que mais incomoda é a
preocupação de muitos jovens de hoje, como por exemplo, com a polêmica que
envolve o artista Pabllo Vittar, se ele ou ela tem ou não talento; ou se o
biquíni de fita isolante da cantora Anitta é ou não é legal ou se fere os bons
costumes. Com tanto problema que o país enfrenta, preocupar-se com isso é um
tipo de fuga à realidade, é fingir que não temos problemas tão sérios ou essa
indiferença realmente se aplica à pesquisa citada no início deste texto: é desilusão
mesmo, é falta de perspectivas mesmo.
Enquanto isso, esperamos que os jovens dessa
geração “boladona” possam acordar enquanto é tempo e voltar seus olhos e sua
energia para o que realmente interessa para o Brasil, a fim de alcançarmos uma
luz no fim de túnel, porque os “bons costumes” já foram pisoteados pelos
políticos há muito tempo. A esperança é uma brasa e é preciso de fogo da nossa
juventude para reacender a chama de um país justo, democrático e de todos,
verdadeiramente.
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