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Não há como negar a intolerância religiosa no Brasil. É só
acontecer uma festa tradicional de uma determinada doutrina para ver os
insultos e a barbárie cometida por aqueles que professam uma fé de uma religião
diferente ou por ateus.
Vale lembrar que o artigo 5º da nossa constituição deixa claro o
Princípio da igualdade de que todos são iguais perante a lei, independentemente
de sua crença. Além disso, há outro princípio muito importante que é o da
liberdade, também garantido por lei, ou seja, cada um pode ter a religião que
quiser, por isso é preciso respeitar.
Entretanto todos sabem que a intolerância encontra um prato
cheio no ciberespaço, isto é, nas redes sociais, já que é muito fácil escrever,
curtir e compartilhar o que quiser. Assim, muitos usuários não respeitam a
crença religiosa e insultam, mostrando todo o ódio e a intolerância.
Ademais, o que não pode ser esquecido é que o nosso país tem, em
sua maioria, cristãos católicos que manifestam sua fé, seguindo vários ritos
tradicionais. Um exemplo dessa religiosidade está nas festas de Nossa Senhora
Aparecida, em que se usam foguetes e em Finados, em que se lembram dos mortos,
levando flores aos túmulos.
É importante afirmar que os foguetes são criticados apenas
quando se trata desta festa religiosa e o fato de levar flores não implica que
o católico acredita que os mortos estejam ali, nos túmulos. Também há outros exemplos, como o
candomblé que é outra doutrina muito criticada, que merece respeito e
tolerância; o modo de se vestir dos evangélicos; e até a falta de fé dos ateus
precisa ser respeitada por todos. Afinal, nem todos acreditam em Deus, e embora
pareça estranho essa descrença, nem todos conseguem enxergar a presença divina e a tolerância se estabelece aí também: aceitar a todos,
independentemente de sua crença ou descrença, conforme afirmou o Papa
Francisco.
É preciso respeitar, aceitar a escolha de cada um. Se não gosta
ou acha esta ou aquela demonstração de fé uma besteira, respeita. Não é preciso
gostar ou aceitar determinada doutrina, mas, sobretudo, respeitar sempre, e o
amor ao próximo está em amá-lo, independentemente de suas escolhas.
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