A
morte súbita de alguém que está saudável, de alguém querido que sai para dar
uma volta para se divertir ou trabalhar e não volta mais, que dá um mergulho e
não submerge é sempre um motivo de desespero, de tristeza e, também, de um
convite à reflexão.
Quantas
famílias se encontram nessa situação, quantos adolescentes, jovens e adultos
têm casos assim, infelizmente, para compartilhar. Muitos, aliás, sentiram um
aperto no coração, uma vontade imensa de ter dado o último abraço, o último
olhar, a última chamada de atenção e muitas outras coisas que deixamos de fazer
pelo fato de não pensarmos na efemeridade da vida.
É
fato de que a única certeza de que temos é da nossa passagem por essa vida e,
ainda assim, não a aceitamos como algo natural e inerente aos seres vivos, mesmo
sendo tão certa, ainda nos assusta e nos desmonta quando alguém que conhecemos
ou amamos parte da nossa existência. Até mesmo com quem não temos convívio como
artistas, cantores, isto é, sujeitos conhecidos por alguma razão, perdem a vida
de modo repentino, deixam tristeza e desolação, especialmente quando se trata
de pessoas carismáticas.
O
que precisamos aprender com tudo isso é que a vida vale a pena ser vivida
intensamente, irmanados com nosso próximo, seja ele um parente, um amigo, um
conhecido ou com nossos irmãos que sofrem longe dos nossos olhos. De que vale a
vida se for levada apenas para ajuntar dinheiro? Alguém já viu caixão com
gavetas? De que vale a discriminação, a indiferença se, no fim, terminamos do
mesmo modo? Pra que tanta amargura, ódio, egoísmo?
Precisamos
pensar que num mergulho a vida pode se esvair, num piscar de olhos o tempo
passa e não tivemos tempo de conversar com os outros, não tivemos tempo ou
coragem de dizer que amamos ou de dizer o que realmente precisávamos.
Necessitamos de juntar mais tempos felizes e menos indiferença; precisamos de
mais amor e menos orgulho; mais SER e menos TER. A vida é só uma e devemos
cultivar a nossa e a do nosso semelhante com amor, carinho e fraternidade para
que o remorso não venha tarde demais e o amor precisa ser demonstrado com
palavras, presença e ação, pois a vida é breve como um raio.
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