A
década de 80 foi duramente marcada pelo fantasma do desemprego; assim era
chamado um dos mais graves conflitos que o brasileiro enfrentava naquela época.
Além do desemprego, a altíssima taxa de juros, a inflação e a desvalorização
crescente da moeda fizeram parte desse período difícil no país, agravando o
quadro de pobreza e desespero do povo. E o que isso tem a ver com o agora?
Tudo.
Para
quem viveu o período de vacas magras sabe muito bem que não é nada fácil
colocar dentro de casa os elementos mais básicos para a sobrevivência, como a
alimentação, aluguel, água, luz, transporte. E quem saiu dessa recessão e
experimentou o sabor de entrar para a classe C tem pavor de reprisar essa cena
que, até então, parecia fazer parte apenas do passado de nossa história
recente. O pior é que esse “fantasma” tem atrapalhado o sono de muita gente.
O
Brasil, nesse início de 2016, tem o maior número de desempregados dos últimos
tempos, superou os 9 milhões de brasileiros fora do mercado de trabalho formal,
com carteira assinada. Só para se ter uma ideia, em 2009, sobravam vagas,
faltavam interessados. Agora vemos o inverso. Isso sinaliza que o país está
doente e, sendo otimista, a situação não está perto de mudar. Por trás desse
número, há uma bola de neve: menos emprego, menos dinheiro circulando; menos
compras, menos oportunidades e, infeliz e consequentemente, mais apreensão e
pessimismo há no comércio e em diversos segmentos.
A
forte crise que assola o território brasileiro é fruto, não unicamente, é
claro, de um conjunto de fatores que advêm da crise política, ingerência
administrativa do erário em âmbito nacional, já que culpar somente uma figura
do poder chega a ser ingênuo e discrepante para um país com tamanho
continental. Ademais, ninguém governa sozinho.
Diante
desse cenário que amedronta milhares de brasileiros, independentemente de
classe socioeconômica, faz-se necessário inúmeras ações para amenizar os
impactos causados pela crise. Governos (de direita, de esquerda, de qualquer
lado) devem dar sinal de que providências estão sendo tomadas para reverter a
situação e picuinhas e vaidades devem ser deixadas de lado nesse momento
crítico. O Brasil é um só. E um toque tem de ser dado: valorizar o emprego nesse
momento faz bem para o empregado e para o empregador. Buscar qualificação
profissional é ótima opção. Quem sabe estes mesmos não estarão juntos no
período de vacas gordas também?! É o que todos esperamos.
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