sexta-feira, 24 de junho de 2022

O mal da pandemia serviu de lição?

Ninguém nunca tinha imaginado que ficaríamos dois anos de isolamento social e cheios de restrições devido à pandemia causada pela COVID 19. Muitos imaginaram que, após esse tempo tenebroso, a humanidade se tornaria mais humilde, fraterna e pacífica. E o que se vê hoje? Nenhuma mudança de vida. Primeiramente, vale relembrar que o mundo todo passou pela mesma aflição: doença contagiosa, perdas humanas e financeiras, atraso dos planejamentos profissionais e pessoais, medo da morte iminente e falta de expectativa para o futuro. Sem saber como lidar com o inesperado, os mais de 7,8 bilhões de humanos ficaram à mercê de uma doença mortífera e à espera de uma vacina. Em seguida, constata-se que, após a epidemia abrandar, (afinal ela ainda não foi totalmente erradicada), a esperança de ter uma sociedade diferente ficou frustrada, uma vez que tudo continua como antes ou pior. Quem tinha uma vocação para os sentimentos fraternos, continuou ou atenuou essa qualidade. No entanto quem já tinha como estilo de vida o egoísmo, a ganância e a falta de compaixão, continuou do mesmo jeito, não mudou nada, mesmo tendo perdas irreparáveis de conhecidos, amigos e familiares. Infelizmente, esse mal que a Covid provocou não foi capaz de sensibilizar a humanidade. Boa parte continua vivendo como se nada tivesse acontecido. Quantos cidadãos levam suas vidas de modo que aparentam que fingem que está tudo bem ou que não percebem a realidade triste que se apresenta todos os dias. Vale refletir essa situação e cada um fazer uma autoavaliação sobre sua própria ação diária pós-pandemia: “tornei-me uma pessoa melhor? Percebi que não tenho domínio sobre minha vida e a dos outros? Notei que nada vai bem se o próximo está sofrendo? Constatei que cada vez que a humanidade se perde, eu me perco também? Portanto, é importante que cada ser pense nessa situação e perceba que ninguém é uma ilha e que todos precisamos um do outro. É fundamental que cada cidadão saiba se colocar na pele do outro, que se compadeça com o sofrimento alheio e que, sobretudo, tenha tirado uma lição dessa terrível pandemia. Se essa doença devastadora não foi capaz de mudar um coração endurecido, nada mais poderá fazer isso.

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