Há exatamente um ano e cinco meses, as escolas públicas de Minas Gerais e de quase todo o Brasil estavam conduzindo seus trabalhos de forma remota, ou seja, alunos estudando e professores lecionando de suas casas. Ainda bem e em boa hora, as aulas presenciais voltaram, trazendo junto a alegria e a esperança de uma nova normalidade na educação e na vida de todos.
Inicialmente, é indubitável enfatizar que nada substitui o PROFESSOR e a interação presencial entre docente e aluno. Por mais que as tecnologias de comunicação, utilizadas nas aulas remotas, se aprimorem a cada dia, nenhuma tecnologia ou aplicativo consegue, até o momento, preencher o espaço do Professor na sala de aula.
Depreende-se que GoogleMeet, Zoom, YouTubee tantas outras ferramentas foram e são totalmente úteis ao processo de construção do conhecimento. No entanto, os mesmos não remedeiam situações de ensino-aprendizagem no tempo e na hora certa, nem preenchem as lacunas do processo de aquisição do conhecimento, como, por exemplo, na Educação Infantil e nos anos iniciais e finais da Educação Básica.
Desse modo, pode-se dizer que as aulas remotas foram benéficas e atenderam parcialmente a uma necessidade no momento de isolamento social, visto que a pandemia interferiu não somente no processo educacional, mas na vida de modo geral. Dessa maneira, não podemos ser ingratos! Graças aos avanços da tecnologia, a Escola não parou, entretanto, marcas da defasagem na aprendizagem dos estudantes, bem como o atraso de conteúdos necessários à sua educação integral são evidentes e precisam ser sanados.
Outro fator interessante é identificar a satisfação dos alunos em voltarem à escola. Isso ficou claro e mostra que sentiram falta desse espaço sagrado para a construção do conhecimento e de socialização. Escola faz falta sim, e muito. Paulo Freire ressaltou que “escola é lugar de ser feliz” e é nela onde passamos boa parte da vida, produzindo conhecimento, construindo laços de amizade e lapidando o caráter, a personalidade e, principalmente, buscando nossa identidade.
Nesse sentido, faz-se necessário que a família estimule seus filhos a voltarem à escola com uma nova postura diante dos estudos, valorizando cada momento de aprendizagem, aproveitando ao máximo o conhecimento de seus professores. Estes devem ser valorizados e reconhecidos pela tamanha importância do seu trabalho, tanto pela comunidade escolar quanto pela sociedade e autoridades. Nunca se viu como esse profissional fez falta a toda nação. Ou se valoriza e respeita o PROFESSOR agora, ou pode-se esperar a extinção desse ofício.