O resultado dessa última eleição mostrou a cara dos eleitores e dos novos eleitos, bem como os anseios e necessidades de uma grande parcela social. Diante disso, deve-se reconhecer as transformações que vêm ocorrendo no cenário político e esperar bons augúrios.
Primeiramente, é extremamente fundamental refletir esse recado dado nas urnas: o povo quer mudança, igualdade de direitos e, principalmente, ser ouvido e visto. Assim, analisar o resultado das eleições é imprescindível. E o que foi dito?
Mesmo com números significativos em 2020, ainda é baixa a inclusão de mulheres e de pessoas LGBTQIA+ na política brasileira. Porém, a cada período eleitoral, essa realidade vai ganhando novas nuances, e mais cidadãos vão se encorajando a adentrar nesse cenário.
De acordo com os dados do TSE - Tribunal Superior Eleitoral- neste ano, 651 prefeitas foram eleitas (12,1%), contra 4.750 prefeitos (87,9%). Em relação às câmaras municipais, 9.196 vereadoras foram eleitas (16%), contra 48.265 vereadores (84%). Embora representarem 51,8% da população e mais de 52% do eleitorado brasileiro, as mulheres ainda são minoria na política.
Por outro lado, ainda que poucos, deve-se comemorar a vitória da diversidade nas urnas: mais de 70 vereadores LGBTQIA+ foram eleitos no Brasil, um feito histórico para o país, líder mundial de assassinatos de pessoas transgêneros. Em Belo Horizonte, a vereadora mais bem votada de todos os tempos foi a professora Duda Salabert.
Portanto, diante desse resultado, é preciso de políticas públicas que incentivem maior representatividade feminina na política do país e da sociedade LGBTQIA+. Só teremos uma sociedade mais justa se tivermos mais diversidade, respeito e vontade política. Mas a mudança já começou e não vai parar por aí.
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